Bruce Lee In Focus: BRUCE LEE NO SET DE O JOGO DA MORTE

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

BRUCE LEE NO SET DE O JOGO DA MORTE

O filme o Jogo da Morte (The Game of Death) era para ser a grande realização profissional e pessoal do Pequeno Dragão. Mas Deus não permitiu que Bruce Lee concluísse o projeto que, ao meu ver, alcançaria mais sucesso do que Operação Dragão (Enter the Dragon). Mas ele deixou alguns registros para a apreciação de seus fãs. As filmagens concluídas com algumas cenas de lutas e ensaios nos deram uma ideia do que Bruce Lee estaria nos reservando.

Anotações de seu roteiro original nos indica que seria um filme cativante e dinâmico que traria uma mensagem filosófica que enfatizava a fé; o desapego ao orgulho e à ambição pessoal por valores mais altruístas; a importância da perseverança e a necessidade de adaptação ao meio e às circunstâncias desfavoráveis para a superação dos obstáculos e a derrota do próprio “eu” para o bem coletivo. Em suma, não seria apenas mais um filme gratuito de artes marciais com o tema “vingança” para justificar uma dezena de cenas de lutas sem sentido.

A princípio, a mensagem principal estaria direcionada ao universo das artes marciais ao se tratar de um lutador inteligente e flexível que usaria de forma eficiente da técnica mais apropriada para superar poderosos adversários provindos das mais diversas escolas ortodoxas. Mas a questão do uso da inteligência para responder de forma flexível às circunstâncias diante de adversários com estilos e características diferentes, cabe perfeitamente também às mais diversas situações da nossa vida cotidiana, nos conflitos da vida familiar, amorosa, profissional, social, esportiva, etc.

Procurei expor tudo isso nas postagens anteriores de O JOGO DA MORTE - O PROJETO ORIGINAL E VERDADEIRO DE BRUCE LEE – Partes I a III. Desta vez, posto algumas fotos do set de O Jogo da Morte, provavelmente os registros foram feitos no final de 1972, antes de Bruce Lee ser convocado pela Warner Bros para filmar Operação Dragão no início de 1973.

Vemos nas fotos o Bruce Lee diretor, coreógrafo, ator, lutador, pai, esposo e amigo, de forma descontraída e sorridente, aparentemente saudável, ao lado de sua família, produtores, artistas marciais e atores que contracenaram com ele nas poucas imagens que ficaram para a prosperidade.

Com a Brandon e Shannon:

Com Brandon e Shannon.

Brandon projeta o mestre Ji Han Jae ao solo.

Com Linda Lee:

Com o produtor Fred Weintraub e esposa, Linda Lee e Raymond Chow:

Durante as filmagens de O Jogo da Morte, Bruce Lee recebe a visita do amigo produtor
Fred Weintraub, representando a Warner Bros, que o convida para protagonizar Operação Dragão.

Raymond Chow, Linda Lee, Fred Weintraub e esposa, Bruce Lee.

Intervalo nas filmagens e reunião com Bruce Lee, diretores e artistas marciais.

Trocando idéias com o produtor Raymond Chow.

Luz, câmera, ação e claquete!:

Dando uma de câmera man.

Dirigindo Kareen Abdul Jabbar.

Descontração no set:

Esboços, rascunhos e desenhos do mestre.

Observando...

Smile...

Aquecimento:

Exibindo sua capacidade física para James Tien...

Abdominal, alongamento e lótus...

Só nos polegares e muita força abdominal...

Com Kareen Abdul Jabbar:

Lee, Jabbar e Tien.

Expondo suas idéias à Kareen Abdul Jabbar.

Jabbar foi aprovado.

Com Chieh Yuan:

Bruce Lee dirige à Chieh Yuan contra Dan Inosanto.

Bruce Lee e Chieh Yuan.
A fatalidade levou os dois artistas marciais precocemente aos 32 anos e,
por trágica coincidência, a causa da morte de ambos foi edema cerebral.

Com Dan Inosanto:

Bruce Lee e Dan Inosanto. Uma parceria que rendeu muitos frutos à ambos.

A performance de Inosanto agradou em muito à Bruce Lee.

Com James Tien:

Bruce Lee dirigindo James Tien em O Jogo da Morte.

James Tien, teve o privilégio de filmar algumas cenas de O Jogo da Morte ao lado do
amigo Bruce Lee.

Tien também teve o reconhecimento de Bruce Lee.

Com Ji Han Jae:

O fundador do Hapkidô ao lado do criador do Jeet Kune Do.

Bruce Lee tinha muito respeito pelo mestre Ji Han Jae e pelo Hapkidô coreano.

Bruce Lee talvez não tenha sabido lidar com tanta pressão ao seu redor, seus adversários na vida real seriam mais poderosos que os vilões que enfrentou e derrotou em seus filmes. Eram produtores e diretores gananciosos, atores enciumados e invejosos, imprensa sensacionalista, artistas marciais rivais incomodados com sua fama, pressão de mafiosos, falsos amigos, amantes interesseiras, dores crônicas e acesso à drogas, perda da liberdade e privacidade, instabilidade familiar, etc.

Walk On, Bruce!

Mas ele nunca desistiu ou se acovardou, ele sempre caminhava para frente em direção ao alvo que tinha traçado e o perseguiu até o fim. As verdadeiras causas de sua morte talvez nunca saberemos, mas de tudo isso temos uma certeza, ele era um vencedor que lutou, mesmo com suas limitações mortais, com todas as suas forças pelo que acreditava. Walk On, Bruce! Que Deus tenha misericórdia de sua alma.

Por Eumário J. Teixeira.

2 comentários:

Rodrigo5 de agosto de 2018 às 20:42
Saudades bruce certamente teria dominado os anos 70s se pelo menos tivesse vivido ate inicio dos anos 80 teriamos mtos materiais dele e entrevistas. Uma perda lamentavél demais. Espero q um dia pelo menos seja esclarecido o que realmente aconteceu naquele 27 de jul. De 1973.
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Eumario Jose Teixeira6 de agosto de 2018 às 18:50
Com certeza, Rodrigo. Bruce Lee era para se tornar o principal astro e o ator mais bem pago dos filmes de ação no mundo. E seu sonho de superar o grande Steve McQueen, seu amigo e grande ídolo de Hollywood, se realizaria ainda na década de 1970. Provavelmente nos anos de 1980 e 90, Bruce passaria a exercer essencialmente os cargos de diretor e produtor. Poderia, também, dedicar parte do seu tempo ao ensino dos conceitos do JKD e ainda se aventurar na criação literária (contos e poesias) ou explorar a arte do desenho, outro de seus vários dons. Talento ele tinha de sobra. Sobre o que aconteceu na data de sua morte (20 de julho de 1973), quem sabe um dia tudo vem à tona e doa a quem doer. Obrigado pelo comentário.
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BRUCE LEE COM O LP "BLUE HAWAII" DE ELVIS PRESLEY

DOIS REIS QUE NÃO SE ENCONTRARAM: O REI DO ROCK E O REI DO KUNG FU!!! O jovem Bruce Lee (morando nos EUA, desde 1959) exibe seu exemplar em vinil de "Blue Hawaii", gravado por Elvis Presley. Esse LP foi lançado em 1961. A foto foi foi feita no mesmo ano do lançamento do disco ou em meados do ano seguinte. Existem atualmente fotos montadas, exibidas na internet, que registrariam o encontro entre Elvis e Bruce Lee. Mas são apenas montagens, o encontro entre os dois "reis" nunca aconteceu.

BRUCE LEE by Adam Chow

Torneio de Long Beach, na California, em 1967

O Jogo da Morte

Bruce Lee - A Jornada de um Guerreiro

SÉRIE DE TV - THE LEGEND OF BRUCE LEE

The Legend of Bruce Lee – Foi uma série biográfica chinesa baseada na vida de Bruce lee feita para a TV com duração de 50 capítulos e lançada pela primeira vez em 12 de outubro de 2008. Quem fez o papel de Bruce Lee foi o ator chinês de Hong Kong (parecidíssimo nas expressões faciais com Lee), Danny Chan. A produção durou nove meses, com filmagens sendo realizadas em Hong Kong, Macau, Estados Unidos, Itália e Tailândia. A filha de Bruce Lee, Shannon Lee, foi a produtora executiva da série. A audiência da série teve um aumento crescente por todo o mundo desde que foi lançada em 2008. No Brasil começou a ser exibida pela CNT em 2011, foi também bem recebida na Itália, Estados Unidos, Canadá, Japão, Coréia do Sul, Japão, Filipinas, Vietnã e Hong Kong. Outros atores que participaram da série foram: Michelle Lang, como Linda Lee (esposa de Bruce); Giulio Taccon, como Brandon Lee (filho de Bruce); Michael Jai White, como Muhammad Ali; Mark Dacascos, como o lutador de Muay Thai desafiante; Wang Luoyong; como James Yimm Lee (amigo de Bruce), Zhou Zhou como Lee Hoi-chuen (pai de Bruce); Eric Chen, como Wong Shun Leung (parceiro de Wing Chun de Bruce); Liu Dong, como Taky Kimura (amigo de Bruce), Ning Li, como Dan Inosanto (amigo de Bruce), Luc Bendza, como Jesse Glover (amigo de Bruce), Wang Gongyi, como Peter Lee (irmão de Bruce); Li Yuan, como Wong Jack Man (mestre chinês rival), entre outros.

THE LEGEND OF BRUCE LEE

Crítica: Apesar da série ser bem produzida e dirigida, com as cenas de luta bem coreografadas e a história ser baseada na vida de Bruce Lee, foram acrescentados fatos fantasiosos, como confrontos para valer de Bruce Lee contra mestres de artes marciais como o Jiu-jitsu, Muay Thai, Taekwondo, Karate e uma rivalidade com o lutador de Kung Fu tradicional, Wong Jack-Man, iniciada em sua adolescência em Hong Kong e após vários duelos culminando com a vitória final de um "super" Bruce Lee, o que nunca ocorreu (pelo menos dessa forma exagerada). Quando Bruce se deparou realmente contra mestres e lutadores profissionais de outros estilos, foi apenas para trocar técnicas de combate e, no caso de Wong Jack Man, eles só se conheceram em Oakland (California) por ocasião do desafio na academia de Bruce Lee, em 1964. Eles lutaram realmente e Bruce teria derrotado o desafiante com certa facilidade, apesar dele mesmo ficar decepcionado com seu desempenho. Outro engano quando a série de TV trata de sua lesão nas costas ocorrida realmente em 1970, quando Bruce treinava com pesos pela manhã em sua casa em Bel Air (California) e lesionou o 4º nervo sacro da coluna que o deixou quase paralítico por 6 meses. Na versão da série "The Legend of Bruce Lee" a lesão ocorreu devido a golpes dados a traição pelas costas por Wong Jack Man após ter perdido uma das várias lutas que travou com Lee. Shannon, filha de Bruce, a produtora executiva da série não vetou essa versão fantasiosa. Da mesma forma, essa versão enganosa do fato foi mostrada no filme "Dragão - A História de Bruce Lee" de 1993, com o aval de sua ex-esposa Linda Lee. Assim, no geral, a série é interessante, mas não acredite em tudo o que é mostrado, pois Bruce Lee é retratado quase como um super-herói que desfere e recebe golpes, às vezes, sobrenaturais. A história real, nua e crua, de Bruce Lee por si só já é mais rica e interessante do que as fábulas contadas em muitos filmes e documentários. Bruce Lee não era um ser humano perfeito e tinha suas limitações físicas (era míope, tinha baixa estatura, baixo peso, franzino fisicamente, etc.), mas como artista marcial era, sem dúvidas, bem à frente do seu tempo, se assim não fosse, não seria ponto de discussão ou referência no mundo das artes marciais até hoje, mais de quatro décadas após sua morte.

FILME - BRUCE LEE, MY BROTHER

Bruce Lee, My Brother – Um filme de muito boa qualidade produzido pelo irmão caçula de Bruce, Robert Lee, foi totalmente filmado em Hong Kong e lançado em 25 de novembro de 2010. A história é narrada pelo próprio Robert, que descreve acontecimentos marcantes durante a infância e adolescência vividos pelo seu irmão mais famoso, de acordo com suas lembranças. O filme denuncia a rebeldia natural de Bruce Lee com sua tendência para o combate desde criança e seu envolvimento com brigas de ruas, apesar de Lee e seus irmãos pertencerem a uma família de classe média alta de Hong Kong. Mostra também a iniciação de Bruce Lee no teatro e cinema de Hong Kong e o passo decisivo para seu desenvolvimento nas Artes Marciais quando começou a praticar disciplinadamente o Wing Chun Kung Fu, de Ip Man. O filme aborda os campeonatos de boxe intercolegial e de Cha-Cha-Cha, ganhos por Bruce Lee; seus primeiros amores, e ainda sugere que Lee acabou por se envolver em disputas contra gangs de adolescentes ligadas à máfia chinesa Triads, que foi o motivo maior para ter sido enviado pelo seu pai aos EUA, em 1959, a fim de exercer sua cidadania norte-americana. Na verdade sua vida corria risco em Hong Kong, podendo ser preso à qualquer momento por seu envolvimento nas brigas de rua contra membros de gangs rivais que eram até ligados à Triads que exercia forte controle sobre muitos jovens carentes que eram aliciados para o tráfico de drogas. O ator Aarif Lee (que não compromete) faz o papel de Bruce Lee; Tony Leung Ka-Fai interpreta Lee Hoi-Chuen, pai de Bruce, de forma convincente; Christy Chung, como Grace Ho, mãe de Bruce; e Jin Au-yeung, como Unicorn Chan, o melhor amigo de Lee. A direção e roteiro por conta de Manfred Wong. "Bruce Lee, My Brother" não soa fantasioso e desonesto como os filmes "Dragão - A História de Bruce Lee" (Dragon - The Bruce Lee Story) e "A Origem do Dragão" (Birth of the Dragon), pelo contrário, apesar de um ou outro momento de ficção, podemos notar que foi realmente realizado por alguém que quis homenagear a um ente querido sem explorar indevidamente a sua imagem.

Livros de Bruce Lee

Bruce Lee's Fighting Method - Volumes I, II, III e IV - Os livros também foram lançados recentemente numa única edição. Originariamente os textos foram escritos por Bruce Lee em 1966, mesmo ano da estréia da série de TV, O Besouro Verde (The Green Hornet), onde fazia o personagem Kato. Bruce teria decidido não publicar o livro com receio de seus métodos serem usados de forma inapropriada por outros artistas marciais. Cinco anos após a sua morte, Linda Lee disponibiliza o material para o editor e proprietário da revista Black Belt, Mitoshi Uyehara, que publica o livro como co-autor da obra.

Livros de Bruce Lee

Tao of Jeet Kune Do - Ao contrário de que muitos pensam, o conteúdo da obra não foi um material organizado destinado a um livro que teria sido elaborado por Bruce Lee. Os textos compilados da obra (que eram inspirações súbitas, esboços ou análises) foram escritos em 1970, durante a recuperação de Bruce Lee de uma grave lesão em suas costas. Ele ficou por seis meses praticamente inativo na cama e numa cadeira de rodas, assim ele ocupou seu tempo fazendo anotações sobre filosofia oriental, estudos sobre técnicas efetivas de combate de diversos estilos de artes marciais como o boxe, esgrima, savate e o judô, que culminaram num novo conceito de luta que ele denominou Jeet Kune Do. Recentemente foi lançada uma edição expandida com textos e esboços inéditos de autoria do próprio Bruce Lee. A primeira edição foi publicada em 1975 e contou com a ajuda de alguns de seus fiéis discípulos, como Dan Inosanto, para organizar e editar todo o material sob a supervisão de Linda Lee.

Livros de Bruce Lee

BRUCE LEE - A ARTE DE EXPRESSAR O CORPO HUMANO - Trata-se de um livro (ou e-book) que reúne anotações pessoais de Bruce Lee sobre seu método de treinamento físico, dando ênfase ao condicionamento aeróbico, muscular, da flexibilidade, velocidade, destacando-se também uma parte para a nutrição, etc. A obra que contém fotos raríssimas que enriquecem os textos devidamente organizados por John Little (produtor do documentário "A Jornada de um Guerreiro" - A Warrior's Journey) pode ser considerada um complemento do livro "The Tao of Jeet Kune Do" que também era uma compilação dos pensamentos filosóficos e conceitos revolucionários sobre a verdade do combate real que originaram a criação do Jeet Kune Do, tais anotações foram feitas por Lee enquanto se recuperava por seis longos meses acamado em 1970, quando sofreu uma séria lesão nas costas. Obs.: Os dois livros foram publicados após a morte de Bruce Lee, os únicos livros escrito verdadeiramente por Bruce Lee foram " Chinese Gung Fu - The Philosophical Art of Self-Defense", em 1963 e os quatros volumes de "Bruce Lee's Fighting Method", escritos originariamente em 1966, mas só publicados em 1978 por Mitoshi Uyehara, cinco anos após sua morte.

LIVROS NACIONAIS SOBRE BRUCE LEE

"O KUNG FU DE BRUCE LEE" de Marco Natali (1979) - No Brasil o livro “O Kung Fu de Bruce Lee” (publicado pela Ediouro) foi uma sensação na década de 1980, ao menos para os fãs de Bruce Lee e das artes marciais em geral. O livro elaborado pelo maior personagem do Kung Fu do Brasil até então, Marco Natali, praticante das artes marciais e estudioso da vasta cultura chinesa, oferece uma breve biografia de Bruce Lee, define o que significa o termo “Jeet Kune Do” e revela, em rápidas pinceladas, o método básico de treinamento de Bruce Lee, destacando os pontos essenciais a serem desenvolvidos, como a flexibilidade, força e potência, as ferramentas (mãos e pés), o sparring, esquivas e táticas de ataque e contra-ataque das “mãos enganadoras”, etc., tudo de forma simples e básica. Vale frisar que Marco Natali trata aqui de uma forma bastante simplificada de um esquema de treinamento baseado no Jun Fan Gung Fu (sistema criado por Bruce lee em meados da década de 1960, com forte influência do Wing Chun Kung Fu) e não se trata do conceito ou “caminho” para o combate real que mais tarde Lee denominaria “Jeet Kune Do” que recebia influências do boxe ocidental, esgrima européia, savate ou boxe francês, judô, etc. De qualquer forma foi um livro que “fez a cabeça” de muitos praticantes de artes marciais no Brasil, atentando e separando definitivamente (para quem entendeu a mensagem) a ilusão da imagem do Bruce Lee ator-lutador que apresentava nas telas do cinema um Kung Fu vistoso mas não tão real ou efetivo; do Bruce Lee, o verdadeiro artista marcial, que procurava estudar, pesquisar e aprimorar um sistema de luta real, simples, objetivo e direto, mas sobretudo, sem ilusões. Depois desse livro fiquei totalmente desiludido com o “karate esportivo’, por exemplo. Marco Natali lançou também um livreto, poucos anos depois, chamado “O SOCO DE UMA POLEGADA DE BRUCE LEE” no qual relata a origem do Kung Fu chinês, passando pela influência do monge indiano Bodhidarma no desenvolvimento do Kung Fu do Tempo Shaolin, pelo nascimento do estilo Wing Chun até chegar ao Mestre Yip Man em Hong Kong e, finalmente, ao famoso “Soco de uma Polegada”, concluindo a obra com um programa de treinamento que levaria ao desenvolvimento da técnica e potência surpreendentes demonstradas por Bruce Lee no Torneio de Long Beach, em 1964 e 1967.

LIVRO - THE LEGEND OF BRUCE LEE

The Legend of Bruce Lee (A Lenda de Bruce lee) – Livro respeitado e raro de Alex Ben Block lançado em 1974, aliás o primeiro livro biográfico escrito sobre Bruce Lee e que vendeu 4 milhões de cópias, segundo o próprio autor. O livro relata a saga de Bruce Lee, seus primeiros anos de teatro e cinema em Hong Kong, suas participações marcantes em séries da TV norte-americana como O Besouro Verde (The Green Hornet), Longstreet e no filme Marlowe; seu retorno para o cinema de Hong Kong e o “boom” gerado na Ásia com os filmes “O Dragão Chinês” (The Big Boss), “A Fúria do Dragão” (Fists of Fury), “O Vôo do Dragão” (The Way of the Dragon) e finalmente o mega-estrelato com “Operação Dragão” (Enter the Dragon). Alex Ben Block ainda explora o assunto da misteriosa morte de Bruce Lee em 1973, cogitando a possibilidade dele ter padecido de um mal congênito que se manifestou mortalmente aos 32 anos de sua vida, ou mesmo da teoria de assassinato, já que Lee colecionou inimigos com seu conceito revolucionário sobre as artes marciais que não agradavam os mestres tradicionais e a hipótese do envolvimento da máfia chinesa na sua morte, por ele se recusar a fazer “negócios” com o submundo. O livro ainda contém depoimentos de artistas hollywoodianos que conviveram com Lee e foram seus discípulos de Jeet Kune Do, como James Coburn, Steve McQueen e o roteirista Stirling Silliphant, este último responsável direto pelos papéis de Bruce Lee nas séries televisivas nos EUA que impulsionaram sua carreira.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

BRUCE LEE NO SET DE O JOGO DA MORTE

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