BRUCE LEE NO SET DE O JOGO DA MORTE

O filme o Jogo da Morte (The Game of Death) era para ser a grande realização profissional e pessoal do Pequeno Dragão. Mas Deus não permitiu que Bruce Lee concluísse o projeto que, ao meu ver, alcançaria mais sucesso do que Operação Dragão (Enter the Dragon). Mas ele deixou alguns registros para a apreciação de seus fãs. As filmagens concluídas com algumas cenas de lutas e ensaios nos deram uma ideia do que Bruce Lee estaria nos reservando.

Anotações de seu roteiro original nos indica que seria um filme cativante e dinâmico que traria uma mensagem filosófica que enfatizava a fé; o desapego ao orgulho e à ambição pessoal por valores mais altruístas; a importância da perseverança e a necessidade de adaptação ao meio e às circunstâncias desfavoráveis para a superação dos obstáculos e a derrota do próprio “eu” para o bem coletivo. Em suma, não seria apenas mais um filme gratuito de artes marciais com o tema “vingança” para justificar uma dezena de cenas de lutas sem sentido.

A princípio, a mensagem principal estaria direcionada ao universo das artes marciais ao se tratar de um lutador inteligente e flexível que usaria de forma eficiente da técnica mais apropriada para superar poderosos adversários provindos das mais diversas escolas ortodoxas. Mas a questão do uso da inteligência para responder de forma flexível às circunstâncias diante de adversários com estilos e características diferentes, cabe perfeitamente também às mais diversas situações da nossa vida cotidiana, nos conflitos da vida familiar, amorosa, profissional,  social, esportiva, etc.

Procurei expor tudo isso nas postagens anteriores de O JOGO DA MORTE - O PROJETO ORIGINAL E VERDADEIRO DE BRUCE LEE – Partes I a III. Desta vez, posto algumas fotos do set de O Jogo da Morte, provavelmente os registros foram feitos no final de 1972, antes de Bruce Lee ser convocado pela Warner Bros para filmar Operação Dragão no início de 1973.

Vemos nas fotos o Bruce Lee diretor, coreógrafo, ator, lutador, pai, esposo e amigo, de forma descontraída e sorridente, aparentemente saudável, ao lado de sua família, produtores, artistas marciais e atores que contracenaram com ele nas poucas imagens que ficaram para a prosperidade. 

Com a Brandon e Shannon:

Com Brandon e Shannon.

Brandon projeta o mestre Ji Han Jae ao solo.

Com Linda Lee:

Com o produtor Fred Weintraub e esposa, Linda Lee e Raymond Chow:

Durante as filmagens de O Jogo da Morte, Bruce Lee recebe a visita do amigo produtor
Fred Weintraub, representando a Warner Bros, que o convida para protagonizar Operação Dragão.

Raymond Chow, Linda Lee, Fred Weintraub e esposa, Bruce Lee.

Intervalo nas filmagens e reunião com Bruce Lee, diretores e artistas marciais.

Trocando idéias com o produtor Raymond Chow.

Luz, câmera, ação e claquete!:

Dando uma de câmera man.

Dirigindo Kareen Abdul Jabbar.

Descontração no set:

Esboços, rascunhos e desenhos do mestre.

Observando...

Smile...

Aquecimento:

Exibindo sua capacidade física para James Tien...

Abdominal, alongamento e lótus...

Só nos polegares e muita força abdominal...

Com Kareen Abdul Jabbar:

Lee, Jabbar e Tien.

Expondo suas idéias à Kareen Abdul Jabbar.

Jabbar foi aprovado.

Com Chieh Yuan:

Bruce Lee dirige à Chieh Yuan contra Dan Inosanto.

Bruce Lee e Chieh Yuan.
A fatalidade levou os dois artistas marciais precocemente aos 32 anos e, 
por trágica coincidência, a causa da morte de ambos foi edema cerebral. 

Com Dan Inosanto:

Bruce Lee e Dan Inosanto. Uma parceria que rendeu muitos frutos à ambos.

A performance de Inosanto agradou em muito à Bruce Lee.

Com James Tien:

Bruce Lee dirigindo James Tien em O Jogo da Morte.

James Tien, teve o privilégio de filmar algumas cenas de O Jogo da Morte ao lado do
amigo Bruce Lee.

Tien também teve o reconhecimento de Bruce Lee.

Com Ji Han Jae:

O fundador do Hapkidô ao lado do criador do Jeet Kune Do.

Bruce Lee tinha muito respeito pelo mestre Ji Han Jae e pelo Hapkidô coreano.

Bruce Lee talvez não tenha sabido lidar com tanta pressão ao seu redor, seus adversários na vida real seriam mais poderosos que os vilões que enfrentou e derrotou em seus filmes. Eram produtores e diretores gananciosos, atores enciumados e invejosos, imprensa sensacionalista, artistas marciais rivais incomodados com sua fama, pressão de mafiosos, falsos amigos, amantes interesseiras, dores crônicas e acesso à drogas, perda da liberdade e privacidade, instabilidade familiar, etc.

Walk On, Bruce!

Mas ele nunca desistiu ou se acovardou, ele sempre caminhava para frente em direção ao alvo que tinha traçado e o perseguiu até o fim. As verdadeiras causas de sua morte talvez nunca saberemos, mas de tudo isso temos uma certeza, ele era um vencedor que lutou, mesmo com suas limitações mortais, com todas as suas forças pelo que acreditava.  Walk On, Bruce! Que Deus tenha misericórdia de sua alma.      

Por Eumário J. Teixeira.