Enter the Dragon

sábado, 10 de dezembro de 2016

BRUCE LEE E A VERDADE SOBRE A LUTA CONTRA WONG JACK MAN


Deve ser lançado em 2017 um filme de produção hollywoodiana, intitulado “Birth of the Dragon” (A Origem do Dragão) com uma versão fantasiosa sobre um fato ocorrido em Oakland na Califórnia, 1964. 

Birth of the Dragon, um filme fantasioso que não conta realmente a realidade do confronto
 entre Bruce Lee e Wong Jack Man, ocorrido em dezembro de 1964.
O acontecimento foi histórico e decisivo para a carreira de pelo menos um dos dois protagonistas, no caso, Bruce Lee. É bom ressaltar previamente, que o jovem Bruce Lee aqui envolvido tinha apenas 24 anos de idade, tal como seu suposto desafiante, Wong Jack Man. Ambos estavam em busca de afirmação pessoal e eram muito impetuosos.
Bruce Lee por exemplo, ia além, chegava próximo da arrogância por ter tanta convicção do que  defendia, não se importando se ofendesse aos tradicionalistas que discordavam de suas idéias revolucionárias.  Ou seja, o Bruce Lee retratado aqui não tem nada a ver com o homem maduro que nove anos mais tarde protagonizava o clássico Operação Dragão (Enter the Dragon) e que já era considerado o “rei do Kung Fu” graças à sua diversidade técnica e capacidade de se adaptar e absorver os mais variados estilos de luta, além da notória rapidez e potência de seus golpes com mãos e pés, além de perícia no manejo do nunchaku japonês, dos bastões filipinos e bastão longo chinês, um verdadeiro mito vivo que faleceria de causas ainda não muito bem esclarecidas em julho de 1973, aos 32 anos.

Bruce Lee atuando em Operação Dragão nove anos após confronto com Wong Jack Man
Da mesma forma Wong Jack Man, que nos anos posteriores ao evento ocorrido em 1964, ficou na obscuridade e longe dos holofotes, ainda que continuando a praticar e ensinar Kung Fu nos EUA. Wong Jack Man permanece discreto até hoje aos 75 anos, apesar de muitos de seus alunos ou seguidores se pronunciarem ao seu favor vez ou outra em relação ao confronto, mas seu nome viria à tona novamente em razão do lançamento do filme Birth of the Dragon, anunciado para lançamento em 2017.   


Wong Jack Man,  continuou apegado às tradições após a luta com Bruce Lee
Mas tratarei aqui das duas versões mais conhecidas sobre a razão e o desfecho da luta entre Bruce Lee e Wong Jack Man ocorrida em dezembro de 1964, na academia de Bruce Lee, ou Jun Fan Gung Fu Institute, em Oakland, na Califórnia. Bruce Lee já estava nos EUA há seis anos, em sua bagagem marcial ele havia trazido experiências de brigas de rua entre gangs de adolescentes e mais quatro anos de treinamento de Wing Chun Kung Fu, um estilo tradicional do sul, considerado “feio”, mas efetivo, sob os ensinamentos de um dos ícones das artes marciais chinesas tradicionais, o lendário Ip Man e tendo como instrutor particular, o agora saudoso, Wong Shun Leung, um dos alunos mais avançado de Ip Man na época.
Graças ao seu carisma, desejo de aprender e ambição profissional, Bruce Lee se relacionou com algumas pessoas mais experientes e decisivas para seu progresso nas mais diversas artes marciais durante seus primeiros anos nos EUA. Posso citar nomes como James Yimm Lee, praticante de judô e Kung Fu; Daniel Lee, ex-campeão de boxe; Dan Inosanto, praticante de Kempô (versão japonesa do Kung Fu) e de sistemas de lutas filipinas com ou sem armas brancas; Jhoon Rhee (professor graduado de Taekwondo); Gene Lebell, campeão de Judô e Vale Tudo; Ed Parker, considerado o pai do Karatê nos EUA (na verdade Parker era faixa prêta de Kempô), etc.

As muitas influências de Bruce Lee em busca pela verdade nas artes marciais, da esquerda para a direita,
Gene Lebell, Ed Parker, Jhoon Rhee, Daniel Lee, Danny Inosanto e Jimmy Yimm Lee.
Mas, com certeza, Bruce Lee não saiu de Hong Kong formado em Wing Chun e muito menos poderia ser considerado um mestre, pois tinha apenas 18 anos e, se ele teve alguma evolução em artes marciais, foi graças ao seu relacionamento com os mais diversos artistas marciais durante sua permanência nos EUA, dentre os citados anteriormente poderíamos acrescentar também os nomes de Joe Lewis, Chuck Norris, Bob Wall, dentre outros, campeões experientes com quem ele se relacionaria e trocaria conhecimentos até retornar para Hong Kong para se tornar um astro do cinema de filmes de Kung Fu em 1971.
Segundo depoimento do mestre Wong Chun Leung, contemporâneo  da juventude de Bruce Lee e que além de amigo, foi também seu instrutor direto de Wing Chun na escola de Ip Man, Bruce teria absorvido as principais técnicas de Wing Chun de forma rápida e surpreendente.

O jovem Bruce Lee com seu amigo e "instrutor particular" de Wing Chun,  Wong Shun Leung,
na década de 1950

Wong Shun Leung "rolando as mãos" em cima da mesa
É fato que Bruce Lee tinha um dom especial para absorver quase que instantaneamente as técnicas que lhe eram transmitidas e que mais tarde procurou em outros sistemas de lutas pontos positivos que pudessem contribuir para tornar seu “sistema” de combate cada fez mais efetivo. Mas, em 1964, aos 24 anos, o jovem Bruce Lee não poderia ser taxado de “mestre”, ainda que dominasse as principais técnicas de Wing Chun e conhecesse alguns movimentos de outras escolas de Kung Fu como o Choy Lay Fut, por exemplo. Creio que da mesma forma seu oponente, Wong Jack Man, apesar de muitos defenderem que este já era dono de uma técnica notável dentro do estilo que adotou, o Shaolin do Norte, estilo tradicional desenvolvido no lendário Templo de Shaolin com base no movimentos dos animais e da natureza, composto por 10 katis (ou formas) com ou sem armas dentro do currículo de formação do estilo.  

Wong Jack Man na época do confronto com Bruce Lee (à esquerda) e
anos mais tarde (à direita) já como mestre de Kung Fu Shaolin do Norte
Wong Jack Man chegou em San Francisco naquele mesmo ano e não tinha as mesmas ambições de Bruce Lee de conquistar a fama e o “sonho americano”, mas certamente queria fundar sua própria academia na Chinatown de San Francisco e prosperar, ensinando artes marciais da melhor forma tradicional dos antigos mestres chineses.  Como já foi citado, seu estilo de Kung Fu era o Shaolin do Norte e apesar de tão jovem, Wong Jack Man ficou conhecido por ter uma técnica refinada e plástica . Seu estilo ao contrário do Wing Chun do Sul da China, era pautado por movimentos circulares, saltos, giros, e chutes espetaculares. Wong Jack Man era um praticante de uma escola tradicional fechada para outros estilos considerados rivais, mas em contrapartida, era considerando um lutador capacitado e respeitado entres os seus. No filme que será lançado para em 2017, Wong Jack Man é retratado como um monge Shaolin renegado fugido da China comunista, o que não tem nada a ver com a realidade; Wong Jack Man veio das escolas de Hong Kong e nunca foi monge ou freqüentou um templo budista.
Sobre a fama que precedeu aos dois, há registros de lutas de rua e desafios nos terraços dos prédios de Hong Kong envolvendo o jovem lutador de Wing Chun Bruce Lee, inclusive um confronto em maio de 1958 contra uma aluno da escola Shaolin do Norte chamado Robert Chung, parceiro do até então desconhecido Wong Jack Man, a quem Bruce Lee teria vencido no segundo assalto. O outro confronto ocorreu contra um jovem lutador, membro da Triad, em 1959, que teria sido ferido seriamente por Bruce Lee. Esse incidente teria sido um dos fatores determinantes para que Bruce Lee saísse às pressas de Hong Kong para fugir de represálias da máfia.
Quanto ao passado de Wong Jack Man em Hong Kong, nada se tem sobre ele em relação ao seu envolvimento nessas disputas habituais entre os jovens de escolas rivais em Hong Kong. Para se ter uma idéia, segundo conta a história, os nomes mais populares dos jovens lutadores que testavam suas habilidades nos terraços longe dos olhos da rigorosa polícia chinesa local no final dos anos de 1950, eram os de Wong Shun Leung (aluno de Ip Man e instrutor particular de Bruce Lee, na época); Wang Kiu, Lok Yiu e Tsui Sheung Tin. Já nos anos de 1960 são citados Dave Lacey (conhecido como o “Pantera Negra” do Choy Lay Fut); seu irmão Vince Lacey, Ling Hing, Leung Cheung Gwun, etc.

O famoso e lendário "General" Dave Lacey,  o "Pantera Negra" do Choy Lay Fut de Hong Kong. Nas duas primeiras fotos à esquerda pousando e lutando  em Hong Kong no final da década de 1950; e à direita, nos anos de 1990.
Abrindo uma observação sobre Dave Lacey, ele  era jovem lutador de Choy Lay Fut respeitado pelos rivais das outras escolas de Kung Fu de Hong Kong no final da década de 1950 e início dos anos de 1960. Ele era alto para os padrões chineses, mas sua agilidade, rapidez e ímpeto para o ataque causavam temor a seus adversários nas disputas ocorridas nos terraços dos prédios da cidade. Bruce Lee era um pouco mais  jovem que Lacey, mas o tinha como amigo e o admirava como lutador, tendo muito respeito pelo sistema Choy Lay Fut, considerando-o um dos poucos estilos eficientes que podiam garantir um lutador contra dois ou mais adversários ao mesmo tempo. 

Bruce Lee nos bastidores de "A Fúria do Dragão" (1972) em Cingapura, cumprimentando  
o mestre de Kung Fu Choy Lay Fut,  Kwan Mun King
Em resumo não existe nenhum dado ou menção sobre algum envolvimento de Wong Jack Man nas disputas entre os jovens lutadores de Hong Kong; ou seja, quando Wong Jack Man chegou em San Francisco em meados de 1960, não era famoso ou reconhecido como um lutador de renome, mas como um praticante mediano de Shaolin do Norte. Mas isso também não quer dizer que ele não tinha habilidades ou não era capaz como um lutador por ser mais reservado.   E finalmente, as duas versões mais aceitas para a razão do duelo e seu desfecho são as das testemunhas de cada lado que lá estiveram e presenciaram. Assim, temos a versão um pouco contraditória e confusa de Linda Emery, na época noiva de Bruce Lee (já grávida de Brandon que nasceria em fevereiro de 1965) e das testemunhas  de Wong Jack Man (ainda vivo) que,  aliás, nunca se manifestou pessoalmente a respeito. As testemunhas confirmadas do lado de Bruce Lee eram Linda e James Yimm Lee (um dos primeiros e mais fiéis parceiros de Bruce Lee nos EUA).
As testemunhas do lado de Wong Jack Man, não foram satisfatoriamente identificadas pela história. Mas algumas versões citam a David Chin e William Chen, ambos praticantes de Tai Chi Chuan.
As duas versões para a razão da Luta entre Bruce Lee e Wong Jack Man – A primeira versão é a considerada oficial e dada por Linda Emery. Apesar de James Yimm Lee estar presente ao lado de Linda, não se tem nenhum  registro de sua versão para os fatos ocorridos  no Jun Fan Gung Fu Institute de Bruce Lee em 1964; já que James teria falecido precocemente em decorrência de um câncer, em dezembro de 1972. Segundo Linda, mesmo estando em Oakland, no outro lado da baía, Bruce incomodava aos mestres chineses das escolas de San Francisco por insistir em ensinar aos não chineses, brancos, negros e hispânicos, os segredos das artes marciais sem a devida permissão dos “chefões” que controlavam as comunidades de origem oriental.  Desta forma, foi enviado a Bruce Lee através de David Chin, um desafio em nome dos chefões das escolas de artes marciais chinesas tradicionais  propondo a Bruce Lee uma luta contra seu representante, para decidirem através do resultado do confronto se  ele podia ou não ensinar a não chineses. Bruce teria recebido o ultimato no Jung Fan Gung Fu Institute e, de imediato, ironizou aceitando prontamente o desafio sugerindo ainda que fosse realizado o confronto o mais rápido possível.

Bruce Lee em 1964: Nas duas primeiras fotos à esquerda, em demonstração para participantes do 
Torneio de Long Beach em hotel, um dia antes do evento; a seguinte,  Bruce e James Lee no Instituto de Oakland; 
 e na última foto à direita, pousando com seus alunos em frente à garagem da casa de James Lee,
 também em Oakland.
A segunda versão é a defendida por algumas testemunhas a favor de Wong Jack Man. Segundo consta, o jovem Bruce Lee em meados da década de 1960, tinha o hábito de perambular pela Chinatown de San Francisco para avaliar as escolas dos mais variados estilos de Kung Fu existentes por lá. O problema é que Lee costumava fazer críticas diretas aos estilos muito floreados, segundo ele, e presos às tradições às quais ele ainda julgava fantasiosas e ineficientes. E em contrapartida exaltava a praticidade e efetividade do Wing Chun, que praticava. 
Em algumas demonstrações realizadas em teatros ou salões geralmente tendo como companhia e parceria, James Yimm Lee, ele criticava diretamente e sem rodeios os outros estilos de Kung Fu ou mesmo artes marciais de origem japonesa sem ter o conhecimento aprofundado sobre as mesmas. Num desses eventos chegou a desafiar qualquer um da platéia que duvidasse de sua capacidade e da superioridade do Wing Chun.
Conta-se que Bruce Lee ousadamente teria visitado uma escola tradicional de Kung Fu Shaolin do Norte de San Francisco, em meados de 1960, e desafiado o veterano mestre T. Y. Wong, que não aceitou seu desafio por respeito ao pai de Bruce que ele conhecia. Bruce Lee teria insistido em desafiar aos  alunos graduados, mas foi forçado por T. Y. Wong a se retirar.

T. Y. Wong, que teria sido desafiado por Bruce Lee, foi ex-mestre de Jimmy Yimm Lee
Esse incidente pode ter tido um dedo de Jimmy Yimm Lee, parceiro de Bruce, mas que havia sido um aluno regular e colaborador de T. Y. Wong. Chegaram a editar o que foi considerado o primeiro livro sobre Kung Fu em língua inglesa nos Estados Unidos em 1961, intitulado “Kung Fu – Original Sil Lum System”. Uma parceira que teria sido desfeita por um desacordo envolvendo dinheiro.

Os três primeiros livros editados em inglês sobre Kung Fu nos EUA.
Bruce Lee também lançaria o único livro de sua autoria em 1963, intitulado Chinese Gung Fu – The Philosophical Art of Self Defense, contando também com a colaboração de James Yimm Lee, onde separou um capítulo para contestar as técnicas apresentadas pelo sistema de T. Y Wong.

Páginas do livro de Bruce Lee em que ele contesta certas técnicas 
do estilo Shaolin do Norte defendido por T. Y. Wong
Nesta atmosfera de rivalidade, entra Wong Jack Man, que sabendo de toda essa petulância do jovem Bruce Lee e de seus desafios  lançados aos lutadores chineses das escolas tradicionais da Chinatown, resolveu desafiá-lo, mas sem o endosso dos mestres chineses da Chinatown de San Francisco, que  também não o impediram de ir adiante. Cabe salientar que Wong Jack Man tinha a mesma idade de Bruce, 24 anos, e procurava o respeito da comunidade chinesa como um lutador que respeitava as tradições das escolas e culturas chinesas e certamente viu nessa oportunidade de confronto com o falastrão Bruce Lee uma oportunidade de “fazer seu nome” entre os mestres chineses de San Francisco.
Então, qual dessas duas versões lhe parece mais verdadeira?
As duas versões para a luta entre Bruce Lee e Wong Jack Man e o seu desfecho – A primeira versão sobre a luta é a oficial e também defendida por Linda Emery, que estava noiva e grávida de Brandon na época, citada também em seu livro “Bruce Lee – The Man Only I Knew”. Mesmo essa versão de Linda apesar de ser a mais aceita pelos fãs de Bruce Lee e defendida por alguns mais próximos do círculo de amizade da família Lee, teria sofrido deturpações fantasiosas para filmes, séries e documentários. De qualquer maneira há uma controvérsia, pois há relatos em que se afirma que Linda não presenciou a luta preferindo ir para uma sala ao lado, enquanto James Yimm Lee teria permanecido com Bruce e presenciado todo o confronto e pronto para um imprevisto, sendo que alguns dizem que ele estava armado com uma arma de fogo.

James Yimm Lee, dissidente da escola de T. Y. Wong para se tornar
um dos parceiros fundamentais para a trajetória vitoriosa de Bruce Lee
Mas a maioria concorda que  Linda permaneceu presente durante toda a luta. De acordo com a narração de Linda, Wong Jack Man chegou de forma receosa, como se desculpasse por tudo aquilo e propôs que fizessem apenas uma troca de técnicas sem  que houvesse a necessidade de golpear um ao outro duramente. Bruce Lee a essa hora já estava profundamente irritado e impaciente, e ao sentir o vacilo do adversário declarou que  a luta seria sem regras, valeria tudo e só terminaria com o nocaute ou coma a desistência do adversário. Tal reação teria surpreendido Wong Jack Man e sua comitiva. Assim, os dois oponentes de cumprimentaram formalmente e se afastaram um pouco.  Bruce logo tomou a iniciativa partindo para cima de Wong Jack Man aplicando socos diretos característicos do Wing Chun. 


Bruce Lee teria partido para cima de Wong Jack Man com socos diretos
característicos do Wing Chun, segundo Linda Emery
Wong Jack Man defendia como podia recuando e sem a possibilidade de contra-atacar em virtude do ímpeto de Bruce Lee ao atacar. De repente a luta quase se torna cômica porque Wong Jack Man chega a dar as costas a Bruce Lee que o persegue pelo salão socando sua nuca. Finalmente Bruce teria derrubado Wong Jack Man  ao chão e com o punho cerrado sobre seu rosto o obriga a desistir. Linda ainda afirma que Lee o arrastou pelos pés e expulsou a  ele e suas testemunhas de  sua escola. Em seguida Bruce Lee confessaria a James e a Linda que estava exausto e decepcionado com sua performance. A luta teria durado pouco mais de três minutos, de acordo com Linda. Mas foi decisiva para Bruce Lee reformular seus conceitos sobre Artes Marciais e buscar formular um estilo mais eficiente e flexível, o que seria mais tarde conhecido como Jeet kune Do. Mas o que importava era que Bruce Lee a partir daí poderia ensinar a quem ele quisesse.


Bruce Lee e Linda Emery noivos em meados da década de 1960
A segunda versão foi dada por quem acompanhou Wong Jack Man, duas delas foram os praticantes de Tai Chi Chuan David Chin e William Chen e foi defendida pelos anos que se seguiram pelos discípulos de Wong Jack Man. Segundo os acompanhantes de Wong, Bruce Lee teria feito uma observação sarcástica, antes do início da luta, dizendo que David Chin, na verdade, lhe teria entregue a sentença de morte do próprio Wong Jack Man. Em seguida, ambos os lutadores se cumprimentaram formalmente e se afastaram, quando Wong Jack Man supostamente de maneira cordial estendeu a mão para Bruce Lee para um cumprimento informal. Bruce teria ignorado o movimento como inofensivo e lançou sua mão direita com os dedos esticados numa estocada direta a um dos olhos de Wong Jack Man que se desviou a tempo com um movimento mas sofrendo um arranhão na testa. 

Bruce não teria hesitado em usar o jab com as pontas dos dedos (biu jee) contra Wong Jack Man
Para Wong tinha ficado claro que Bruce estava decidido a acabar com a luta da forma mais rápida e dolorosa para o adversário. Bruce continuou avançando em linha reta com estocadas nos olhos, variando com socos diretos e pontapés frontais na altura da virilha de Wong que tentava se deslocar lateralmente. 

Segundo as testemunhas de Wong Jack Man, Bruce Lee foi ao ataque com sequências socos diretos,
chutes baixos e estocadas nos olhos
A luta perdurava cada vez mais frenética com Wong  recuando e tentando bloquear os ataques de Lee até que conseguiu atingi-lo na altura lateral do pescoço com o  dorso da mão  fazendo com que Bruce  se dobrasse o corpo defensivamente. Wong ainda teria prendido a cabeça de Lee por uma ou duas vezes com o braço e pode desferir golpes contra ele, mas não o fez por receio de feri-lo seriamente. A medida que o tempo  passava Bruce Lee ficava mais furioso e impaciente porque seus golpes não atingiam o alvo adequadamente. Wong por sua vez, teria declarado posteriormente que evitou usar seus chutes poderosos característicos do Shaolin do Norte por temer que fossem danosos demais para seu adversário. 

Chutes do estilo Shaolin do Norte demonstrados por Rick L. Wing, discípulo de Wong Jack Man
Mas pensou em usá-los em certo momento ao perceber que Bruce Lee parecia realmente querer feri-lo gravemente ou mesmo matá-lo. Por fim, ao adotar mais as técnicas defensivas em recuo, Wong Jack Man acabou por tropeçar e caiu. Bruce Lee saltou para cima dele para acabar de vez com a luta mas as testemunhas de ambos os lados interferiram e os separaram, já que Bruce Lee também demonstrava exaustão e Wong Jack Man estava em situação vulnerável no chão. A comitiva de Wong Jack Man afirmou que a luta  teria durado em torno de 20 a 25 minutos, um tempo bem acima da versão de Linda Emery.
Após a luta, os dois lados acordaram em não comentar mais nada fora daquele recinto e não foi definido quem teria sido o vencedor. Algum tempo depois Bruce Lee teria citado em uma entrevista que teria enfrentado um lutador de Kung Fu clássico e o teria vencido, mas não citou o nome de Wong Jack Man, que por sua vez teria proposto indiretamente a Lee outro desafio, uma tira-teima em local aberto ao público. Bruce não retornou a provocação.

Wong Jack Man já consagrado como mestre de Kung Fu Shaolin do Norte, anos após o polêmico confronto
E então, qual a versão seria verdadeira? Independentemente da verdade, ambos aprenderam com o confronto. Bruce Lee percebeu finalmente que o Wing Chun apesar de ser um estilo enxuto e prático, tinha suas limitações e o seu preparo físico estava aquém do ideal para uma situação de luta real. A  partir dessa experiência é que ele reviu seus conceitos sobre as artes marciais concluindo que cada estilo de luta seja lá de qual origem for, tem seus pontos positivos e negativos que podem ser absorvidos ou descartados de acordo com o perfil de cada lutador. Wong Jack Man com certeza percebeu que plasticidade e técnica refinada de nada valem sem espírito de luta e efetividade num  combate de vida ou morte.
É bom sempre lembrar que naquele dezembro de 1964, Bruce Lee e Wong Jack Man eram apenas dois jovens artistas marciais de 24 anos, ambiciosos, de certo modo imaturos e muito aquém de serem considerados “mestres”, mesmo considerando o incomum e precoce talento de ambos como lutadores. Não há como enxergar, por exemplo, o jovem Bruce Lee de 1964 com conhecimento técnico e destreza suficientes para coreografar as cenas de lutas de A Fúria do Dragão (1972), O Vôo Do Dragão (1972), Operação Dragão (1973) e o inacabado O Jogo da Morte (1978). A evolução técnica dele foi notória, da mesma forma deve ter sido para Wong Jack Man nos anos que se seguiram.




A evolução técnica de Bruce de 1964 a 1973 se tornou evidente nas telas dos cinemas
Bruce Lee posteriormente chegou ao estrelato e fama mundial graças aos seus filmes, filosofia, concepção revolucionária e libertária sobre as artes marciais, gerando o que ele denominou Jeet Kune Do (O Caminho do Punho Interceptor) que influenciou direta ou indiretamente nas práticas de treinamento e luta para a maioria dos esportes de combate até hoje.
Por sua vez, Wong Jack Man prosseguiu seguindo a tradição ancestral da sua escola e de forma reservada, se tornando mestre, formando professores e estes por sua vez direcionado seus discípulos dentro do melhor estilo chinês.
Para terminar, dizem  que quando a poeira se assentou algum tempo depois do confronto, Bruce entrou num restaurante onde Wong Jack Man trabalhava como garçom e se aproximando, lhe disse descontraidamente algo parecido como: “Ei cara,  não leve tudo isso a sério, eu só queria fazer o nome da minha escola”.
Numa próxima postagem, farei uma homenagem a James Yimm Lee, um dos primeiros parceiros e amigos de Bruce Lee nos EUA e com certeza um dos principais apoiadores do Pequeno Dragão na sua busca incessante pela efetividade do combate corpo a corpo.

Ver também: A Origem do Dragão (Birth of the Dragon), Verdades e Mentiras - Análise Crítica do Filme

Por Eumário J. Teixeira.     

69 comentários:

  1. Muito bom. Acompanho seu bog, é bem verdadeiro.

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    1. Obrigado pelo elogio amigo anônimo. É o que tento mostrar, a verdade sobre Bruce Lee longe da fantasia criada em torno de seus personagens nas telas. A vida real do cara sem nenhum exagero ou ficção, já era digna de um filme ou livro sem efeitos especiais ou mentiras.

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    2. Obrigado Bulkool Carlos. Continue acompanhando o blog.

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    3. Acho que ambos ganharam mas a luta em si dentro das regras propostas o mestre wong Jack man certamente ganhou, parabéns pelo excelente artigo

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    4. Obrigado pela aprovação e comentário, amigo.

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    5. Muito bom. Excelente artigo, sem exageros nem ficções. Mostra a face humana dos dois lutadores, sem as nuances cinematográficas. Obrigado pela informação. Tenho Bruce Lee como um ídolo, alguém a ser respeitado e até imitado em alguns aspectos. Um ídolo que a maldade não dominou.

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    6. Obrigado pela participação e aceitação, Wagner. Logo postarei mais novidades, continue acompanhando.

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    7. Sensacional, adorei, sou fã de artes marciais e do bruve Lee desde os 6 anos de idade, sempre enxerguei os exageros e dramatização por trás da pessoa. Ele era com certeza um ser humano diferenciado, com motivação e ambição que combinados com seu dom pessoal o fizeram alcançar seus objetivos, mas não era invencível ou perfeito, tinha seus defeitos e fraquezas, sua morte o tornou uma lenda, pois em seus filmes, suas performances eram sobre humanas, visto que na época os recursos de efeitos especiais eram muito limitados, muitos filmes foram feitos depois, com até mais recursos, porém acredito que poucos atingiram o nível de performance do Bruce Lee.

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    8. Penso da mesma forma Wander. Ele era uma ser humano excepcional, mas tinha suas limitações, também. Mas pouquíssimos atingiram o seu nível técnico e físico. Sem mencionar sua inteligência, criatividade e capacidade de explorar, assimilar e se adaptar aos novos conhecimentos. Obrigado pela sua participação, amigo.

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    9. Pelo que sei Bruce Lee derrotou Wong Jack Man em três minutos e achou que era muito tempo, à partir daí passou a desenvolver o Jeet Kune Do.

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    10. E pesquiso sobre Bruce Lee há muitos anos.

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  2. Excelente post.

    Vc podia organizar essas postagens à direita em posts comuns. O blog ficaria mais leve de carregar.

    Abc

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    1. alguma chance de sair algum(ns) post(s) com crítica sobre os livros nacionais, documentários e seriados sobre bruce lee?

      abs!

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    2. Quem sabe algum dia, Scant. Uma coisa puxa a outra... Mas no momento, estou com alguns assuntos em pauta para trabalhar. Mas anotei sua sugestão. Obrigado.

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  3. Eu Iury Lee quando eu me chamava Bruce Lee venci o Jack Wong man apenas três minutos de combate

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  4. Ok. Iury Lee. Que descrever para nós como foi realmente o combate? KKKKK Obrigado pela participação.

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  5. Leio sobre Bruce Lee desde 1984 quando só havia livros e revistas como meios de se ter conhecimento da Lenda do pequeno dragão. Mesmo hoje tendo todo material farto através da Internet, confesso que fico feliz e admirado de ver uma pessoa saber tanta coisa sobre Bruce Lee. Parabéns por toda sua pesquisa e trabalho em divulgar tudo a respeito do maior lutador de artes marciais de todos os tempos. Obrigado!

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    1. Fico muito agradecido por seu reconhecimento Cláudio. Minha intenção é justamente informar aos fãs do Pequeno Dragão fatos que normalmente passam desapercebidos ou não são considerados em sua conhecida história. E pode ter certeza que apesar de ser fã de Bruce Lee desde de 1974, ainda estou descobrindo e aprendendo muito sobre ele. Espero que você aprecie também a nova postagem sobre James Yimm Lee, o parceiro e mentor de Bruce em Oakland, em meados da década de 1960.

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  6. Ola, sou cleber lima tenho 32 anos e sou da cidade de Santos.
    Sou fã de artes marciais desde criança, e do Bruce lee a mais tempo ainda
    tenho livros e revistas falando sobre ele de sua arte nao só sobre o Jeet Kune Do tambem wing chun!
    O Tao do jkd. A arte de expressar o corpo humano.Aforismos. E diversas revistas e livros que ja estao comigo a alguns anos.
    Tem coisas que nunca tinha lido a respeito, que vc publicou em seu blog
    e outras em outros sites . Adoro descobrir fatos novos sobre a vida de Bruce mais ainda entender a icognita do jkd e eu ja li e re li varias vezes nos minimos ultimos dez anos!Todo o treino fisico q ja fis em academias tas
    as artes marcias que ja fis foi em inspiraçao ao Bruce lee sou grato por ele
    ter esistido nessa terra para nos guiar em busca do melhor de nós!
    Muito obrigado por vc ter essa dedicaçao com historia da vida do melhor
    de totos os lutadores de todos os tempos!


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  7. Eu é quem agradece, Cleber, por suas palavras que são um incentivo para mim continuar a divulgar fatos relevantes da vida de Bruce Lee. Eu vou fazer 55 anos, rastreio qualquer matéria sobre ele desde 1974 e ainda tenho muito que aprender sobre o "rei do Kung Fu". Sobre o JKD, é um assunto polêmico até hoje. Bruce nunca quis institucionalizar uma arte marcial, isso já seria uma limitação e contrariava o que ele sempre defendeu, a liberdade para criar e evoluir. Vejo tantos "mestres" de JKD pelo mundo se dizendo herdeiros dos ensinamentos de Bruce Lee, como se o JKD fosse uma arte marcial definida e pronta. O que eu entendo, e vc. pode opinar se quiser sobre isso, é que qualquer praticante de Karate japonês, Taekwondo coreano, Kung Fu chinés, Boxe ocidental, Muay Thai tailandês, Savate francês, etc., podem ter o JKD. É mais um conceito do que um currículo marcial em si mesmo, qualquer artista marcial pode acrescentar ou descartar o que lhe parecer útil ou inútil dentro de sua realidade e capacidade física. O importante é a simplicidade. Como dizia um pensador, que não me lembro o nome agora, "o maior grau de sofisticação é atingir a simplicidade" e eu posso substituir "sofisticação" aí por "eficiência". O que acha? Abraços.

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  8. Não dizendo que a comitiva de Wong Jack Man tenha mentido, já que tudo isso é algo digno de discussão eterna, mas tudo isso me lembou uma experiência de minha infância. Eu sempre tive medo de lutas, chega tremia, mas o medo também me fazia dar tudo de mim logo de cara. Uma vez havia vencido uma luta contra um garoto que lutava judô e ele começou a chorar. Tive pena e dei as costas para ir embora, mas o garoto se levantou e me pegou pelos cabelos e não largou mais. Com isso, eu descobri que era fundamental bater até q o rival ficasse impossibilitada de revidar. Pouco tempo depois, num São João, me misturei com uns garotos da rua da casa de minha madrinha e, sem mais nem menos, se formou uma rodinha de amigos de um dos garotos promovendo briga minha com ele. Percebi q não havia como sair dali sem ter a briga e parti para cima como se fosse algo que poderia me matar, se eu fosse fraco. Esmurrei sem parar até o garoto se contorcer e cair no chão. Depois saí do local entre apressado e cauteloso, por achar q ele poderia se levantar e vir pra cima ou os amigos dele, mas não aconteceu. Depois um dos amigos dele apareceu na casa de minha madrinha e disse q o amigo dele não era tão fraco como parecia. Que ele inclusive já havia batido num garoto de 19 anos e que eu só ganhei pq ele tinha consideração por minha madrinha (como se uma criança tivesse tal pensamento maduro durante uma briga). Da mesma forma, acho incrível, se for verdade, uma pessoa de apenas 24 anos ter uma atitude tão digna (se não fantasiosa) de Sr. Miyagi (do filme karate kid) sabendo que um adversário de mesma idade está querendo matá-lo, inclusive o poupando de "seus golpes fatais", algo bem difícil de se ter, quando uma pessoa se preocupa, a vida toda, com a plasticidade de golpes. Acho que mestre Wong não teve foi espaço para aplicar os golpes de perna, pois o wing chun, que é uma arte de aproximação (perfeita para lutar, inclusive, em elevadores), não deixa, e talvez, por isso, Linda supostamente presenciou a cena cômica, em que Wong dava as costas e corria, quando, na verdade, ele supostamente procurava era espaço para aplicar os chutes do shaolin do norte. 03 minutos parecem pouca coisa, mas se utilizá-los para socar sem parar, a fim de impossibilitar reação adversária, é de fazer o coração pedir arrego. Então acho bem improvável que Bruce Lee tenha aguentado mais de 20 MINUTOS em uma luta em que ambas as testemunhas descrevem como intensa.

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  9. Interessante suas experiências de lutas na infância e quem não as teve, não é mesmo? O mêdo faz parte, a adrenalina também, é o que nos mantém alertas e prontos para reagir e lutar pela vida. Se conhecemos algumas técnicas de luta melhor ainda. O controle emocional realmente se adquire com o tempo e experiência. Bruce Lee falava em "raiva controlada", algo como ir para cima com tudo, mas consciente do que está fazendo. Pratiquei karate na minha adolescência e sempre sentia um friozinho na barriga antes das lutas. Mas, depois que o corpo esquenta tudo fica bem. Sobre a luta de Bruce e Wong Jack Man, realmente é polêmica, mas acredito naquela versão que você mencionou. Bruce encurtou o espaço e disparou socos "manivela" para cima dele cobrindo a linha central. Wong só podia recuar, e ainda bem que desistiu, pois a resistência física de Bruce não estava satisfatória e ele perdeu o fôlego, acredito, naqueles 3 minutos da ataque intenso. Bruce era daqueles que acreditava que o certo numa luta de rua ou pela vida seria "eliminar" o adversário o mais rápido possível e deixá-lo sem reação. E nada de virar as costas para ele (risos). A capacidade aeróbica é essencial, sem ela não adianta técnica primorosa contra um adversário forte e determinado. Obrigado pelo comentário, Jamie. Estou à disposição para conversamos mais.

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    1. Eu acho meio duvidoso a explicação dos personagem do lado Wong Jack Man, nenhum lutador aquenta lutar 20 min ou 25 min de luta direta, só olhar as lutas de UFC 5 min 1 raud, no segundo já estão bem cansados. Isso que são atletas preparados, nessas lutas de UFC já vi adiversarios darem as costas e levarem atrasos. Por isso fico com a versão da esposa de Bruce, é a mais convincente e mais perto da realidade de uma luta.

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    2. Olá Rafael, obrigado pelo comentário. Você fez uma observação pertinente. Estamos acostumados a ver atletas/lutadores super preparados ficarem extenuados após 3 minutos de luta num round. É mesmo difícil acreditar que Lee e Wong combateram por mais de 20 minutos sem intervalos. Nem em filmes de Kung Fu isso acontece. E Bruce Lee ainda frisou que se a luta durasse mais dos que aqueles 3 minutos ele estaria em sérios apuros, pois já estava sem fôlego. O que pesou a favor de Lee foi que Wong "amarelou" e fugiu literalmente, caindo e obrigado a se render.

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  10. Cara gotei muito do Blog, adoro o Bruce Lee, e sempre pesquiso muito sobre as lutas de verdade e historia de sua vida, e confesso que esse assunto do combate dele com o Wong Jack sempre me deixou curioso, e a melhor resposta pra isso encontrei aqui com as duas versões relatadas por vc de maneira imparcial,


    eu havia chegado a mesma conclusão do amigo Jamie Lawson, antes de ter lido ela...essa do Wong Jack ter evitado golpear por receio de machuca-lo caiu mesmo como uma desculpa esfarrapada, o relato dos amigos pode até ter sido mais verdadeiro, mas essa dele ter se poupado não colou, soou mesmo como desculpa de perdedor.

    Abraço e vou estar sempre de olho aqui e divulgar com alguns amigos que tem a mesma paixão pelo Bruce e as artes marciais, em especial o Kung Fu.

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  11. Obrigado pelo comentário e pela força, Milton.

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  12. Acabei de ver o filme " a origem do Dragão" E no momento da luta deles no filme se assemelham muito a essa segunda estória. Muito bom artigo, aconselho que vejam o filme !

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    1. Obrigado pelo comentário, amigo. Vou checar o filme "A Origem do Dragão" (Birth of The Dragon - 2016) para conferir a versão de Hollywood para a luta entre Bruce Lee e Wong Jack Man. Mas sem muitas expectativas. Até mais!

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  13. A versão do filme favorece o adversário de bruce. Pelo pouco que conheço de bruce ele tinha uma velocidade acima do normal em relação aos lutadores de kung fu, wong no filme se favoreceu do aluno de bruce. É um tema complicado, parece não existir meio-termo, bruce lee também possuía golpes mortais. Estilos diferentes, filosofias diferentes, fica dificil saber em quem acreditar

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  14. Olá amigo, obrigado pelo comentário. Como já havia mencionado, o filme está muito distante da realidade. Eles continuam com a tentativa de transformar Bruce Lee num super-herói com super-poderes e mistificar sua imagem como a de um santo sábio ou um ET marcial. Ele era um homem limitado, mas com dons específicos, os quais soube muito bem explorar para obter sucesso profissional e realização pessoal. Lee Trabalhou duro e acreditou na sua própria capacidade. Foi isso que ele fez. Despertou muita admiração mas muita inveja e ódio também, e pagou caro pela sua jovialidade, audácia, ambição, carisma e competência. Em relação ao filme, já posso adiantar, Wong Jack Man (nunca foi monge ou grão mestre) era apenas um jovem praticante de Kung Fu (com 24 anos) recém chegado aos EUA. Bruce Lee, da mesma forma, com a mesma idade não era totalmente formado no Wing Chun, mas podia se dizer que era um aluno avançado de Ip Man, mas tinha a vantagem de assimilar com facilidade técnicas de outras artes marciais orientais ou ocidentais, como o boxe, judô, Taekwondo, Choy Lay Fut, etc. Ele não tinha preconceitos. Apesar de só ter usado as técnicas de Wing Chun nesse confronto. A única coisa verídica que o filme retratou foi o golpe de ponta de dedos que Lee lançou aos olhos de Wong Jack Man (que arranhou sua testa) e a sequência de socos "manivela" característicos do estilo. Aquele lance das escadas e o voo de ambos, lembra os filmes antigos de Kung Fu, antes da era Bruce Lee. E o jovem amigo loiro que presenciou a luta, nunca esteve no local do confronto. Das testemunhas de Bruce, quem estava presente era o seu parceiro James Yimm Lee e Linda Lee (grávida de Brandon). E para finalizar, os dois, Lee e Man juntos contra a máfia...foi demais!!! Muita ficção de Hollywood.

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  15. Adorei o Filme Origem do Dragão. Ficção sim.
    Mas Bruce teria orgulho sem duvidas. Muito bom o filme.

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  16. Meu nome é wilson oka tenho 52 anos e Bruce Lee foi sempre um idolo e saudosamente como muito daquela epoca, imitavamos as cenas dos filmes que mais gostavamos e nos tornavamos o Bruce Lee por alguns segundos. Era Fantastico.
    Bom...somente passei para dizer que adorei suas informacoes e que me ajudam a solidificar a ideia que quanto cada um de nos temos algo do Bruce Lee e do Wong Jack Man.
    Nao posso deixar de pensar como o tempo teria transformado o impeto e arrogancia em humidade e serenidade. Sonhar é de graca!
    Parabens por seu excelente trabalho.

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    1. Quem da nossa geração não "foi" Bruce Lee por alguns minutos após assistir seus filmes, não é mesmo Wilson? Com certeza tanto ele quanto Wong Jack Man amadureceram no caminho da vida e das artes marciais. É bom lembrar que Bruce precocemente se foi com apenas 32 anos de idade e Wong Jack Man teve o privilégio de uma caminhada mais longa até a velhice. Mas, em 1964, ambos eram jovens (24 anos), ambiciosos e estavam muitos distantes da sabedoria e ponderação de um grão-mestre. No filme "A Origem do Dragão", somente Bruce é mostrado como um lutador (de Wing Chun) impetuoso e imaturo; já, Wong Jack Man, é retratado como um mestre de Shaolin do Norte e dono de uma sabedoria milenar que "faz a cabeça" de Lee. Coisas de Hollywood...

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    2. Ops, esqueci...obrigado pelo comentário e elogios, Wilson. Até Mais.

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  17. Respostas
    1. Obrigado, mestre Aluizio Ignácio. Vindo o elogio de você, umas das maiores autoridades sobre Bruce Lee no Brasil, é de envaidecer qualquer um. Fui um dos seus primeiros membros da Associação Bruce Lee (de Uberaba, se bem me lembro) nos anos de 1980. Conto com seus comentários, críticas, correções e sugestões. Mantenha contato, amigo.

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  18. Muito bom seu estudo...
    A história do pequeno Lee foi um turbilhão de informações naquela época....É legar ler informações e aprecia las...Eu assisti o filme...Mesmo sem expectativa...Achei muito bom e recomendo...Embora Boa parte do filme seja tomado por ficção...Ele por um momento te transporta para aquela realidade...O início...conturbado...imaturo e egoísta...Mas com aprendizagem para vida toda...valeu

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    1. Obrigado pelo comentário, amigo. Sem dúvida é um bom filme de artes marciais. Mas no geral, o que é retratado no filme é pura ficção. Acho que exageraram um pouco na imaturidade e egoísmo de Bruce Lee, apesar de ter apenas 24 anos na época; da mesma forma que deram muita maturidade e sabedoria para Wong Jack Man, que tinha a mesma idade de Bruce.

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  19. Parabéns pela matéria. Sou fã de Bruce Lee, mas do homem, não do mito; com tudo que pesquisei, cheguei a conclusão de que era um homem com uma grande capacidade física, muita inteligência, mas mais que tudo, uma grande determinação, e sem dúvida um grande artista marcial, qualquer coisa além disso, é mito, lenda urbana. Treinei artes marciais ao longo da vida, experimentando o Judô, depois dois estilos de karatê, o wado kai e o shotokan, passei para o kung fu shaolin do norte, de 1995 a 1997 treinei valeu tudo, hoje MMA, depois fui para o jiu jitsu, muay thay, e hoje treino boxe. Realizei algumas lutas amadoras, briguei bastante na infância e adolescência, e trabalho na área de segurança pública, muitas vezes entrando em confronto, o que quero dizer, com tudo isso, é que em uma luta sem regras, em um espaço aberto, com pelo menos um adversário disposto a nocautear, a preparação física disponível na época ( a nível profissional, que não era o caso dos dois), ainda rudimentar, se comparada aos níveis atuais ( nutrição, complementação, diferentes treinos aeróbicos, anaeróbicos, de resistência, explosão, ganho de massa magra...), e experiências em combates, torna a versão de 20, 25 minutos pouco crível, praticamente impossível, pois é um tempo, em que os atletas profissionais de hoje, quando chegam em combate, encontram-se esgotados, praticamente sem manter guarda, perdendo punch e técnica, que dirá na época, para dois artistas marciais; qualquer um que tenha lutado, sabe que 3 minutos, em combate, intensivamente, com a adrenalina jorrando, parece uma eternidade. parece-me esta a versão mais verossímil. O tempo que treinei e treino deu-se entre 1985 até hoje, nas cidades de Porto Alegre e Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, nas academias Stylo, Kidokan, Parcão, Performance, vitta, Mário reis, Olympika, e outras...
    Abraço!

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  20. Muito obrigado pelo comentário e participação Luis. Nota-se que você é experiente e tem conhecimento prático suficiente para emitir uma opinião tão segura sobre treinamento de artes marciais. Também treinei karate shotokan (esportivo) no final dos anos de 1970 e meados de 1980, e sei perfeitamente o que é lutar ou fazer um kumite intenso por mais de 3 minutos, sem pressão, risco de sérias lesões ou morte. Pois fazíamos só sombra, evitando o contato por não termos equipamentos de proteção, raridade, na época. Quanto ao Bruce, sempre repito, que a sua vida real sem acrescentar nenhuma fantasia, já é digna de ser estudada. O homem tinha apenas 1,70 m (no máximo) e pesava apenas 58 a 62 kg e tinha um poder avassalador com seus punhos e pés que impunham respeito à "gigantes" de 1,88m como Bob Wall, por exemplo. Sendo que seu maior trunfo, ao meu ver, era a sua incrível velocidade e precisão mortais. Mas só pelo fato dele se destacar num mundo onde os mais fortes e o mais altos se sobressaem, principalmente se for caucasiano, já vale uma menção honrosa para o "Pequeno Dragão". Hollywood teve que "engolir" e se render ao seu talento. Sua busca pela perfeição, espírito de luta e força de vontade incomum lhe capacitaram na conquista e superação dos obstáculos que surgiram no seu caminho. A dolorosa lesão que sofreu em 13 de agosto de 1970, foi uma prova de quanto um homem pode alcançar se tiver fé e forte determinação. E essa dor nas costas o acompanhou pelos seus últimos três anos de vida. Justamente os anos que o levaram ao estrelado internacional. Hoje mais de quatro décadas após sua morte, alguns enciumados ou frustrados ainda ousam a duvidar de sua capacidade e proezas, mas o cara não está mais entre nós para se defender e, quem conviveu com ele, sabe muito bem do que Lee era capaz. Continue a explorar o blog. Um forte abraço, Luis.

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  21. Muito boa a matéria, é bom ver a realidade de tudo que aconteceu com o grande mito Bruce Lee. Filme ta bom também, mas tem muita ficção, más é muito bacana ver o astro nos filmes novamente, mesmo não sendo ele o ator e isso é uma pena.

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  22. Sinceramente, prefiro a versão da Linda Lee. Mesmo que ela fosse uma leiga, ela não é idiota. Ela sabe exatamente o que viu, e o que ela viu foi um homem que levou uma tremenda surra de Bruce Lee!

    Parabéns pelo blog, atualmente o mais incrível sobre Bruce Lee! Fantástico!

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    1. Obrigado,amigo anônimo. Continue acompanhando, vem mais novidades por aí.

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  23. Olá, Paz e Bem!! Você Saber Me Dizer Se Bruce Lee Lutou Com Joe Lewis?
    Pois Tem Uns Vídeo pela Internet Que Monstra Os Dois Lutando. Isso é Verdade?

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  24. Olá, Nivaldos, muita paz para você também. Sobre o suposto vídeo que mostra uma luta entre Bruce Lee e Joe Lewis, há controvérsias...kkkkk
    Alguns acham que era Lee, mas não era Lewis; outros acham que não era Lee, mas era Lewis; outros acham que não eram nenhum dos dois; e outros acham que eram mesmo as duas lendas se enfrentando. A minha opinião é que, apesar das imagens sofríveis, o que está de costas e de preto, parece muito se movimentar como Lee e se parece com ele. Inclusive ao desferir aquele chute lateral. Bruce era mesmo mais robusto no final da década de 1960 como aparece nesse vídeo. Esse lutador e seu traje lembra a Bruce Lee por volta de 1967, por aí. Já o seu oponente, não pode ser Joe Lewis, na minha opinião. Lewis por volta de 1967-68, era bem mais forte fisicamente que este jovem do vídeo e também mais alto do que o próprio Bruce Lee. Lewis era peso pesado, e este infeliz franzino, deve ter topado um pequeno desafio durante uma demonstração e se deu mal. Portanto, acho que tem 90% de chance de ser Bruce Lee contra um ilustre desconhecido.Lembrando que é apenas a minha opinião. Bruce Lee e Joe Lewis treinaram juntos, faziam sombra, trocavam técnicas e, segundo consta, o sucesso de Lewis nos torneios se deve aos ensinamentos revolucionários de Bruce. Mas uma briga para valer, não há registro oficial conhecido, até agora. Abraços!

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  25. Olá, o senhor sabe me dizer se é verdade que Bruce Lee tinha um outro amor na Vida dele além de Linda Emery, que no caso seria a atriz Betty Ting Pei, e que além de tudo Bruce Lee gostava de fumar haxixe ou "vulgarmente" falando a maconha (oferecida pelo também ator Steve McQueen) ? Digo isto porque há pouco tempo saiu uma matéria destas no app do Google, li no celular mesmo... (a matéria falava sobre a real causa da morte dele. E comentou sobre este assunto que coloquei aqui...)

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  26. Olá, Luís. Antes de nada, o "Senhor" está no céu... he he he! Obrigado pela participação. Sobre os amores de Bruce Lee, sugiro que confira neste blog, o post "O Dragão, a Dama e o Poeta", em que trato sobre o primeiro amor de Lee nos EUA. Quanto a Betty Ting Pei, nos últimos depoimentos dados, ela resolveu assumir que realmente foi amante de Bruce Lee, após negar de pés juntos por vários anos tal fato. O casamento de Bruce começou a fraquejar quando de sua volta para Hong Kong em 1971, graças à tietagem crescente em razão de seu estrondoso sucesso. Muitos suspeitaram de seu envolvimento com algumas atrizes como Nora Miao, Maria Yi e outras, mas são meras especulações. Pouco tempo antes de sua morte, Bruce teria resolvido retornar definitivamente aos EUA não só para assegurar sua independência profissional e financeira, mas também para se reabilitar com Linda, conforme algumas fontes. Quanto às drogas, Bruce não fumava o haxixe, mas comia bolinhos da erva para aliviar a tensão e amenizar sua dor crônica nas costas que o incomodou até o fim da vida. A maconha lhe foi apresentada como "terapia" por atores hollywoodianos que eram seus alunos, como Steve McQueen e provavelmente James Coburn. Mas Bruce odiava cigarros, apesar da marca Winstom ter patrocinado o filme O Voo do Dragão (The Way of the Dragon - 1972). Pelo que se sabe, Lee bebia moderadamente em ocasiões sociais, apesar das más línguas falarem que ele abusava um pouco do saquê japonês quando se sentia muito pressionado. Mas convenhamos, um sujeito que prezava tanto a forma física e dependia dela para trabalhar e se manter no topo dos maiores artistas marciais da época, não poderia dar mole aos vícios que minariam sua saúde e prejudicariam sua capacidade física para luta, não é? Confira sobre esses assuntos no post "Bruce Lee - Cronologia Ilustrada - Partes I a VI". Até mais e obrigado, novamente.

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  27. Caramba! Muito obrigado pela resposta Eumário... mas fico muito chateado pela traição de Bruce Lee com Betty Ting Pei... Vc deve estudar bem a Vida de Bruce! Um grande abraço e achei super maneiro o seu Blog... Parabéns!

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  28. Obrigado, Luís. Acompanho tudo sobre Bruce Lee desde 1974, pelo que me lembro. Atualmente existe uma onda por aí que tenta promover uma falsa imagem de Bruce Lee como se ele fosse um super-herói imaculado, eu tento apenas ser o mais honesto possível com o grande homem que foi o Pequeno Dragão, um cara acima da média, com objetivos traçados e com talentos incomuns, mas um ser humano com virtudes e defeitos. Sua vida real é muito mais interessante e incentivadora do que o mito que tentam sustentar pelo mundo afora, como um super-herói da marvel. Quem viveu uma vida perfeita neste mundo só foi mesmo Jesus Cristo. Continue a explorar o blog. Abraços.

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  29. Belo texto, mas acredito que se tivessem enfrentando um membro da família Grancie nos anos 50/60/70, e a luta tivesse sido levada ao solo, ambos mestres do Kung full não teriam chance. Naqueles anos dourados a família Gracie desafiou e venceu dezenas de atlletas dos mais variados estilos de luta e países, vencenduo todos, O único que fez frente ao mestre Hélio Gracie foi capeão mundial, e maior estrela de todos os tempos do Judô, mestre Kimura , sendo este muito mais jovem e visivelmente mais forte do que o brasileiro. Hélio dias antes venceu todos os alunos de Kinura, não restando alternativa a este, senão aceitar o desafio, que venceu com dificuldade, mas rendendo todo o respeito ao idoso que acabara de enfrentar. Acredito que a luta no solo seria muito desvantajoso para os praticantes de Kung full e suas derivações. Tanto Bruce lee quanto Wong seriam presas fáceis pra um Hélio ou Carlos Gracie. ou seus alunos mais preparados, como o saudoso Wanderlei Santana, instrutor de artematcial para Polícia Federal nos anos 70, caso a luta fosse levada ao chão!

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  30. Concordo com você, amigo desconhecido. Em meados dos anos de 1960, Bruce Lee como Wong Jack Man, estavam se iniciando como artistas marciais e não poderiam ser considerados mestres de Kung Fu. Mas havia uma diferença entre os caminhos que ambos percorriam. Wong Jack Man era tradicionalista e acreditava que seu estilo de Kung Fu, Shaolin do Norte, era completo o bastante para satisfazê-lo como lutador. Já, Bruce Lee, principalmente após esse confronto em 1964, começou a questionar a real eficiência do Wing Chun numa luta sem regras. Bruce foi despertado sobre isso também, graças ao seu bom relacionamento com outros artistas marciais ao ponderar sobre a utilização ilimitada das mais diversas técnicas de outros estilos desde que fossem eficientes para um combate real e, assim, nasceria o conceito do Jeet Kune Do. Um desses artistas que lhe influenciou fortemente foi o campeão de Judô, Jiu-jitsu e Wrestling, Gene LeBell. a quem Bruce conheceu durante as filmagens da série de TV, O Besouro Verde. LeBell era famoso por seus combates contra boxeadores e lutadores de Karate e Luta livre. Outro que lhe repassou muito conhecimento para a luta de chão, estrangulamento e imobilização foi o havaiano Wally Jay, mestre e criador de um sistema de Jiu-Jitsu conhecido como Small-Circle, muito respeitado nos EUA; e também Ji Han Jae, o mestre e fundador do Hapkidô, um estilo coreano considerado dos mais eficientes. Assim, tenho a dizer que Bruce na época do combate com Wong Jack Man, era apenas um artista marcial de 24 anos em desenvolvimento, e certamente ele não seria páreo para enfrentar um dos lendários do Jiu-jitsu Gracie. Mas pouco menos de 5 anos após o episódio de sua luta conta Wong Jack Man, seu poder nos golpes de mãos e pés, velocidade, técnicas de chão e apresamento já eram bastante temidos entre os artistas marciais mais experientes. Lembrando que Bruce Lee desenvolvia um sistema de luta de rua, ou seja, sem regras, com chutes baixos nos genitais, joelhos e canelas; pisões; cabeçadas, joelhadas; dedos nos olhos; golpes na garganta, etc., e a velocidade era sua grande aliada. O vale-tudo por mais violento que seja, tem suas regras limitantes e numa luta de vida ou morte, não. Bruce Lee não era invencível, apesar de suas lendárias habilidades, assim também como Hélio Gracie e seus descendentes. O importante era que eles eram únicos e honestos em sua busca no caminho das artes marciais.

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  31. Excelente artigo. Particularmente, penso que a versão das testemunhas do lado de Wong Jack Man é mais convincente. Mas é apenas a minha perceção.

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  32. Sem querer cheguei neste artigo/informativo maravilhoso. Sempre amei o Bruce Lee como artista marcial, comorava livros, vhs na época. É sempre bom achar quem escreva buscando a imparcialidade dos fatos. Parabéns

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    1. Fico agradecido, Marcus. Continue explorando o blog e divulgue-o por favor. Abraço.

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  33. Sobre o Bruce Lee, na minha opinião importam os factos.
    O Bruce Lee marcou uma era, pois desmistificou os dogmas de muitas artes e desde então a metodologia de treino e competição melhoraram.
    A mediatização foi mais uma ferramenta que popularizaram as lutas orientais por esse Mundo fora.
    Passados muitos anos, Bruce Lee ainda está actual, na medida que muito do se faz nas artes marciais foi instigado pelo Bruce Lee.
    Assim, pode-se considerar que o seu legado continua muito vivo.
    Na história da humanidade, aparecem sempre eruditos que marcam gerações.

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    1. Concordo, com você amigo. Bruce Lee e sua visão revolucionária sobre a prática e propósito das artes marciais, são bem atuais. O impressionante é que já fazem 46 anos de sua morte e mesmo assim ele permanece como a principal influência para a maioria dos artistas marciais contemporâneos. Imagine então, se ele não tivesse partido precocemente e desse continuidade a seus estudos, experimentos e desenvolvimento no campo das artes marciais até os dias de hoje, o que mais ele teria nos apresentado e proposto? Lee era um gênio e iria nos surpreender até na velhice com seu espírito desbravador. Abraço e obrigado pelo comentário.

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  34. Parece que Bruce Lee venceu a eternidade com sua personalidade e relevancia. Se vão velhos admiradores e logo surgem novos, sempre me imaginei um dia conhecendo o Bruce Lee. O filme "a origem do dragão" me parece ironica ou um tanto ridicularizada quanto a luta de bruce x wong Jack Man, mas muitos dizem que Bruce Lee era realmente briguento e de personalidade forte na juventude. Independente de tudo que falarem de Bruce, ele nunca terá fim! gostei muito do blog. abracos

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    1. Obrigado pelo comentário, Huarlley. Bruce Lee ainda é um fenômeno cultural mundial mesmo após 47 anos de sua morte. Muitos já apareceram tentando substituí-lo ou ofuscá-lo, mas ele sempre se mantém insuperável no alto de seu trono. Briguento e de sangue quente ele era desde sua infância, ao mesmo tempo que era comprovadamente carismático e divertido. Neste blog há uma postagem que faz uma análise crítica do filme "A Origem do Dragão", confira no link abaixo, abraço. https://bruceleeinfocus.blogspot.com/2018/02/a-origem-do-dragao-birth-of-dragon.html (A ORIGEM DO DRAGÃO (BIRTH OF THE DRAGON), VERDADES E MENTIRAS - ANÁLISE CRÍTICA DO FILME).

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  35. Parabéns pelo seu trabalho em seu blog,simplesmente o melhor que já ví! Muita informação e conteúdo de qualidade pra todos nós fãs do grande Dragão. Como um complemento dessa matéria,vale lembrar que tem outros fatos que pesam na versão de Linda sobre a superioridade de Bruce sobre Wong Jack.
    Apesar de não ser o confronto com Wong Jack,houve vários outros desafios de vários outros lutadores durante as filmagens do filme OPERAÇÃO DRAGÃO,e foram presenciados por vários atores e inclusive o diretor do filme e todos são categóricos em dizer que Bruce lee varria os adversários em segundos e os adversários derrotados reconhecendo a superioridade de Bruce acabavam virando alunos de Bruce lee! Claro que nessa época Bruce ja tinha aprimorado sua técnica e seu físico e estava no auge do vigor,mas mesmo assim esses detalhes me fazem acreditar mais na versão de Linda que afirmou que a luta durou pouco mais de 3 minutos. Mais uma vez parabéns pelo blog.
    Pra mim é uma honra estar falando ainda falando de Bruce lee depois de tanto tempo de sua partida,e colaborando para a eternidade deste super humano que foi Bruce lee,como ele mesmo dizia: "A CHAVE PARA A IMORTALIDADE É VIVER UMA VIDA DIGNA DE SER LEMBRADA POR TODA A ETERNIDADE"

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    1. Bom dia, Jean.
      Obrigado pela aprovação e comentário. Sim, apesar de Bruce Lee ainda estar iniciando em sua busca como artista marcial em 1964 aos 24 anos, por ocasião da luta com Wong Jack Man, ele já era páreo duro num confronto contra qualquer um de sua categoria de peso, desde que seu adversário não fosse, obviamente, mais forte e tivesse mais experiência e maturidade. O que pesava muito a favor de Lee era o seu “espírito de combate”, pois se fosse realmente para lutar ele partia com tudo e para liquidar o oponente o mais rápido que possível. Apesar de sua provável superioridade contra Wong Jack Man, ele correu riscos, porque perdeu o fôlego e ficou vulnerável. Assim, se Wong não tivesse desistido e estivesse mais condicionado fisicamente poderia ter invertido o jogo. Mas a luta foi decisiva para que ele mudasse seu pensamento conservador sobre as artes marciais e ainda despertou sobre a importância do preparo físico para ocasiões como essa. Convido você a conferir uma postagem sobre algumas lutas reais Bruce Lee que foram testemunhadas por diversas pessoas, confira no link: https://bruceleeinfocus.blogspot.com/2018/04/as-oito-lutas-reais-de-bruce-lee.html
      Ou digite na caixa de busca acima e à direita do blog, “Oito Lutas Reais de Bruce Lee”. Obrigado e abraço, Jean.

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  36. Excelente artigo, sou fã de Bruce Lee, continue nos informando sobre essa breve mais fantástica vida desse mito.

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  37. Na boa vi o filme e tô lendo os relatos aqui penso que Bruce Lee por vaidade foi trapaceiro e ambicioso tava ferido pelo chutes de Wong Jack ñam e aí aproveitou a queda do cara e o obrigou a desistir essa a verdade que escondem de nós. Ele perdeu a luta e fingiu ganhar.

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  38. Respeito o estilo de Lee mas ele perdeu de Wong Jack ñam sim no filme mostra isso bem.

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    1. Não se pode basear apenas no filme (com muita ficção), Mosheh. Temos que considerar os relatos das testemunhas da época. Mesmo porque o filme foi baseado apenas na visão de um lado, no caso, de Wong Jack Man, que ainda estava vivo. Bruce Lee não estava presente para contestar essa versão. Obrigado e abraço.

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