Alguns homens parecem ter uma
missão em vida que é abrir o caminho para outros que chegarão e brilharão em
seu lugar. Eles geralmente têm a consciência de que aquele que está por vir os
representará de alguma forma, já que por circunstâncias diversas e alheias à
sua vontade, eles mesmos não mais teriam a oportunidade de alcançar o
objetivo pessoal traçado. Mas ao contrário de se sentirem derrotados ou
enciumados, eles acolhem, protegem, direcionam e acompanham aquele que chegou
para brilhar em seu lugar, porque sabem que de alguma forma eles serão
representados e lembrados através do sucesso daquele a quem foi destinado à
vitória e ao estrelato. Creio que esse meu pensamento, se aplica à James Yimm
Lee e ao surgimento do “rei do Kung Fu”, Bruce Lee, para o mundo das artes
marciais.
Bruce Lee quando chegou aos
Estados Unidos por volta de 1959 para exercer sua cidadania americana cativou
instantaneamente muitas amizades que foram muito auxiliadoras e produtivas para
o seu desenvolvimento como artista marcial e adaptação na terra do Tio Sam.
Alguns não foram tão lembrados com seus essenciais colaboradores por sua
discrição, como Jesse Glover e Howard Williams (ambos negros); James DeMille,
que faz parte da primeira turma do Jung Fan Gung Fu; Taky Kimura, considerado
um guardião dos ensinamentos e da memória de Bruce Lee; Daniel Lee, Ted Wong e Richard
Bustillo, que tiveram uma boa projeção após a morte de Bruce; Dan Inosanto que
dentre eles, foi o que mais foi reconhecido pelo grande público; outros quase
desconhecidos como Bob Baker e alguns que ainda tentam manter o legado do Jeet
Kune Do vivo e gozaram de certo reconhecimento como Jerry Poteet, Ed Hart, Herb
Jackson, Bob Bremer e Tim Tackett.
Mas dentre eles, um foi o mais
importante para o surgimento Bruce Lee como artista marcial nos EUA, estou me
referindo à James Yimm Lee, responsável direto por introduzir Bruce Lee à
comunidade e aos eventos de artes marciais de San Francisco a Oakland. Com
certeza, James Lee, foi o mais desprezado dos colaboradores de Bruce Lee, em
virtude de sua morte precoce em 1972, ainda que sua vasta experiência em artes
marciais diversas, treinamentos físicos específicos, ofícios profissionais peculiares
e sua mente inovadora fossem ser o impulso essencial para Bruce Lee abrir sua
mente e desenvolver suas ambições como artista marcial libertador e inovador.
A vida de James Yimm Lee é digna de um livro, documentário ou filme. |
A vida de James Yimm Lee merecia
ser documentada em livro, documentário e filme, porque foi um guerreiro em
todos os sentidos. Nasceu e morreu lutando. Sem dúvidas foi um parceiro à
altura do mito chamado Bruce Lee. Se Bruce Lee era o dragão, James Lee era o
tigre.
A seguir, um breve resumo que foi
a vida desse herói quase que desconhecido, mas que merecia mais consideração e
respeito à sua memória e trajetória de vida.
James
Yimm Lee, o surgimento do Tigre –
James, filho de pais chineses, nasceu num lar modesto em 31 de janeiro de 1920,
em Oakland, no estado da Califórnia. Desde criança teve a tendência para o
esporte e já adolescente praticava ginástica acrobática e halterofilismo. Aos
18 anos já pertencia à equipe de halterofilismo YMCA de Oakland onde ganhou o
campeonato da Califórnia na divisão de 60 kg, entre 1938 e 1939. Autodidata em
muitas coisas, James Yimm Lee também tinha o dom para o desenho e artes, mas começou
sua carreira profissional como soldador civil nos estaleiros da base aeronáutica
norte-americana de Pearl Harbour, no Havaí.
Com a saúde de um touro, James
passou a treinar judô no Academia Okazaki
e a praticar boxe disputando alguns campeonatos amadores, ainda no
Havaí.
Após o bombardeio de Pearl
Harbour pelos japoneses, que levou os EUA a entrar na Segunda Grande Guerra,
James retornou para Oakland e continuou exercendo seu ofício de soldador. Ao
ser convocado pelo exército, foi servir nas Filipinas, onde contraiu malária.
Sua condição se tornou gravíssima a ponto de estar desenganado pelos médicos.
Mas James resistiu bravamente e se recuperou. Finalmente, em abril de 1946, aos
26 anos de idade, ele foi dispensado do exército e voltando para casa retorna
aos treinamentos com pesos tentando readquirir sua forma física ideal. Depois
de contrair a malária, ele que normalmente pesava por volta de 72 kg, passou a
pesar 52 kg, ou seja acabou por perder 20 kg de peso corporal. Assim o seu principal
objetivo passou a ser recuperar sua saúde, sua força e a massa muscular.
A
primeira experiência com o Kung Fu chinês – Na segunda metade da década de 1950, James Yimm Lee continua sua busca pelo aprimoramento físico através das artes marciais e acaba
se matriculando na escola Sil Lum Gung Fu, no Kin Mon Physical Culture Studio,
na Chinatown de São Francisco, que estava sob o comando do veterano mestre T.
Y. Wong.
Fascículos do livro de James Yimm Lee que ensinava o condicionamento das mãos para quebramento. |
James Lee "rolando as mãos" com o autodidata, Al Novak, que cooperou com James no livro Modern Kung-Fu Karate: Iron Poison Hand Training. |
Lá James treinou por cerca de
quatro anos, onde se tornou conhecido por enfatizar a técnica da “mão de ferro”
(Iron Hand) fazendo demonstrações públicas quebrando até 10 tijolos com as mãos
nuas e que, por incrível que pareça, não eram marcadas ou calejadas, mas
segundo os amigos, macias e suaves. Entre 1958 a 1959 ele publicou fascículos
do seu livro intitulado “Modern Kung-Fu Karate: Iron Poison Hand Training”, que
ensinava o passo a passo para o condicionamento das mãos para o quebramento,
pela sua pequena editora. Ainda não satisfeito, ajudou a T. Y. Wong a publicar
o primeiro livro em inglês sobre uma arte marcial chinesa: “Kung Fu - Original
Sil Lum System”, em 1961.
Mas, no mesmo ano, a parceria com
T. Y. Wong se desfaz por um desacerto envolvendo alguns dólares. James Yimm Lee
afirmaria posteriormente que seria mais do que isso, na verdade ele teria
notado que T. Y. Wong estaria reservando algumas técnicas mais sofisticadas do
seu Kung Fu para alguns alunos em detrimento de outros. De qualquer forma, o
rompimento entre dois gerou uma rivalidade que aceleraria o encontro e uma
parceria produtiva com um jovem artista marcial chamado Bruce Lee.
O
Tigre encontra o Dragão – Robert,
irmão mais velho de James, teria mencionado a ele sobre um tal de Bruce Lee que
estava ministrando aulas de cha-cha-cha em Seattle e que ele também seria bom
no Kung Fu. Os amigos de James, Wally Jay e Allen Joe, também confirmaram as
habilidades de Bruce como artista marcial. Finalmente, em 1962, Bruce e James
se encontraram após uma aula de cha-cha-cha. Após conversarem intensamente,
ambos perceberam que eles teriam que se encontrar novamente para porem em
prática algumas idéias em comum. No final de 1962, James visitaria Bruce
novamente em Seattle e chegou a pensar em mudar para lá, mas suas obrigações
com a família o impediram.
Em 1964, Bruce e Linda Lee, recém
casados, se dispuseram a mudar para Oakland e foram convidados a morar com
James Yimm Lee provisoriamente. Assim que se mudaram, a esposa de James falece
repentinamente. Bruce e Linda permaneceram na casa ajudando até que as coisas
se estabilizassem para James e seus dois filhos pequenos, Karena e Greglon Lee,
até que as coisas se estabilizassem. É bom frisar que Bruce deixaria uma vida
estável em Seattle, já que tinha seu primeiro “Jun Fan Gung Fu Institute” estabelecido
e bem aceito na comunidade chinesa de Chinatown, que agora ficaria com o
comando de Taky Kimura. Bruce havia despertado para as idéias inovadoras de
James e considerado que o conhecimento e relacionamento deste com os mais
diversos artistas marciais do circuito da região de San Francisco a Oakland
poderiam lhe favorecer em experiência e lhe dar novas perspectivas.
Casa de James Yimm Lee em Oakland, onde Bruce e Linda Lee (recém casados) também residiram. |
O Jovem James Yimm Lee e sua esposa Katherine, que repentinamente faleceria em 1964. |
James Y. Lee e seu filho Greglon Lee. |
A princípio, James e Bruce abriram
o segundo Jun Fan Gung Fu Institute na Broadway, em Oakland, que inicialmente
foi muito bem, tendo um retorno financeiro razoável, mas o sucesso não perdurou
porque Bruce era seletivo com seus alunos e não se importava com a quantidade
de inscritos, mas com a qualidade e dedicação dos alunos. Assim, o retorno acabou
por não ser o desejado. O plano B foi acionado, ou seja, usar a ampla garagem da
casa de James Yimm Lee como espaço para funcionamento da academia. A casa de
James tinha dois níveis; o térreo era tomado por uma grande garagem, que era
usado como oficina e sala de treinamento de James; o segundo nível consistia de
um pequeno apartamento onde se acomodaram Linda e Bruce; e uma grande sala de estar
conjugada que era ocupada por James e seus dois filhos. Durante o dia James
trabalhava nos estaleiros como soldador, Bruce administrava a academia e Linda
cuidava das tarefas da casa. Era o início de uma grande parceria que foi essencial
para o desenvolvimento efetivo das artes marciais em todo o mundo.
James à frente (à direita) e Bruce mais recuado (à esquerda), por volta de 1964 em frente à sede da academia na Broadway, em Oakland. Mais tarde eles mudariam para a garagem da casa de James Y. Lee. |
A turma de Oakland, por volta de 1964, diante da garagem na casa de James Y. Lee, em Oakland. |
Mesmo com a mudança de Bruce Lee
para Los Angeles em 1966 para assumir o papel de Kato na série de TV “O Besouro
Verde (The Green Hornet), James continuaria a ministrar no Jun Fan Gung Fu
Institute de Oakland o “método” que, mais tarde, seria conhecido como Jeet Kune
Do. Ele tinha o total aval de Bruce Lee que lhe concederia um raro diploma de
capacitação que conquistado por poucos discípulos de confiança do Pequeno
Dragão.
Certificado do Jun Fan Gung Fu Institute, concedido por Bruce Lee a James Yimm Lee |
James Y. Lee segura a tábua para Bruce Lee efetuar o quebramento com um chute lateral. |
Mesmo na ausência de Bruce Lee, o
incansável James chegava a conduzir quatro aulas por noite na academia depois
de um dia inteiro de trabalho. Segundo testemunhas, James era simples e direto
nas instruções, se o aluno perdesse alguma coisa durante o ensinamento, James
não voltaria atrás para explicar. Ele exigia máxima atenção e que todos se
entregassem duramente às aulas, cobrando respeito mútuo entre si, já que se
tratavam de pessoas adultas e maduras.
Todos eram livres para desistir
das instruções se quisessem, desde que fosse de comum acordo e não houvesse
prejuízo para o aluno ou para a academia. Se o aluno demonstrasse interesse e
esforço tinha a atenção e paciência do sifu James, ao contrário era descartado
do corpo sem cerimônias.
Desde meados de 1960, James Yimm
Lee e seus amigos também sino-americanos, Allen Joe e George Lee, já conheciam
o Kung Fu desde a época de T. Y. Wong. Mas os três se desenvolveram
efetivamente após conhecerem Bruce Lee e presenciarem a transição do Jun Fan
Gung Fu para o Jeet Kune Do. Os três amigos que faziam regularmente a ponte
entre Seattle e Oakland para aperfeiçoaram seu Kung Fu, passaram a ser
conhecidos como “os Três Mosqueteiros”.
Bruce Lee com os 3 mosqueteiros: George Lee, Allen Joe e James Yimm Lee. |
Ainda em 1964, ocorreria o famoso
combate entre Bruce Lee e Wong Jack Man, que foi tratado neste blog na postagem
anterior. O confronto foi conseqüência da rivalidade alimentada entre o mestre
T. Y. Wong da Chinatown de San Francisco e de seu ex-aluno James Yimm Lee; como
também resultado das constantes palestras e demonstrações de Bruce Lee pela
Chinatwon, nas quais atacava sem piedade os estilos clássicos de Kung Fu, para
ele fantasiosos, em comparação à suposta efetividade do Wing Chun. Para
registro, cabe lembrar que apenas Linda Lee (grávida de Brandon) e o fiel
escudeiro James Yimm Lee presenciaram a luta como testemunhas do lado de Bruce
Lee. Após a luta polêmica que teve versões diferentes por parte de ambos os
lutadores, Bruce considerou rever seus conceitos sobre artes marciais,
avaliando inclusive os pontos negativos do Wing Chun e de seu condicionamento
físico insatisfatório que comprometeu seu rendimento, apesar de ter ganho a
luta, conforme as testemunhas ao seu favor.
Bruce Lee e James Yimm Lee trocando técnicas de Wing Chun. |
O Wing Chun foi a base para o Jun Fan Gung Fu desenvolvido por Bruce Lee auxiliado por James Lee. |
Do Jun Fan Gung Fu originou-se o conceito do Jeet Kune Do. |
Após chegar de um árduo dia de
trabalho nos estaleiros, James Yimm Lee poderia contar com Bruce Lee lhe
esperando para jantar, conversarem um pouco e descerem para a garagem para
algumas horas de treino no desenvolvimento do Jun Fan Gung Fu. James tinha uma
saúde de dar inveja, quem poderia chegar de um dia inteiro de trabalho e ainda
ter disposição para treinar algumas horas a noite com o jovem e impetuoso Bruce
Lee?
O amigo Wally Jay comentou certa
vez que, naquela época, se alguém quisesse realmente aprender alguma coisa de
Jeet Kune Do teria que ser com James Yimm Lee. Bruce com certeza era o dono das
idéias e o inovador, mas James era o professor e o organizador. Bruce não tinha
tanta paciência para ensinar. O que Bruce lhe passava James aplicava e ensinava
aos alunos com responsabilidade e competência.
A
morte precoce e o Legado de James Yimm Lee - Tendo
mudado com Linda para Los Angeles e se valendo do sucesso do personagem Kato de
“O Besouro Verde”, em 1966, Bruce enxergou a oportunidade de abrir a terceira e
última academia. Só que nesta sede não havia placa de identificação ou fachada
que a identificasse como um local de treinamento de artes marciais. Os alunos
continuavam a ser selecionados criteriosamente, inclusive algumas celebridades
como o jogador de basquete Kareen Abdul Jabbar a freqüentavam regularmente.
Nessa academia de Los Angeles que o termo Jeet Kune Do (Caminho de
Interceptação com os Punhos) passou a ser adotado, foi onde também Bruce
desenvolveu uma sólida parceria com Daniel (Dan) Inosanto, que passou a ser o
instrutor chefe com o retorno de Bruce Lee para Hong Kong em 1971, para
alcançar finalmente o estrelato mundial.
Classe de 1967 em Los Angeles, nasce finalmente a filosofia do Jeet Kune Do. |
Após a onda de sucesso com a série O
Besouro Verde, que durou apenas uma temporada de 1966 a 1967, Bruce Lee só
experimentou papéis coadjuvantes no cinema (como em Marlowe, em 1968) ou
participações em série de TV (como Longstreet, ainda em 1971). Sentindo-se
excluído por Hollywood por ser de origem chinesa voltou para Hong Kong em busca
de mais experiência e realização profissional para assim se impor à Hollywood.
Bruce Lee deixou as suas três
academias nos EUA dirigidas por três instrutores de confiança, que
além disso eram também seus melhores amigos: Taky Kimura, em Seattle; Danny
Inosanto em Los Angeles e James Yimm Lee, em Oakland.
O Jun Fan Gung Fu Institute de
Oakland, coordenado por James Yimm Lee, revelaram alunos capacitados, porém
discretos, como Bob Baker (que fez o lutador russo no filme “A Fúria do Dragão
- Fists of Fury”, em meados de 1972), Howard Williams e Richard Bustillo.
Outra turma dos treinos em frente a garagem de James Yimm Lee, em Oakland. |
O que levou jovem Bruce Lee a
apostar na parceria com James Yimm Lee, 20 anos mais velho? O perfil de James
diz tudo, ele era nativo de Oakland e conhecido por suas façanhas em lutas de
rua na comunidade chinesa e ao mesmo tempo ele já estava em busca de um futuro
mais real para as artes marciais, coisa que o jovem Bruce Lee ainda mal
contemplava. James já publicava seus livros, criava seus próprios equipamentos
de treinamentos graças ao seu talento para desenho, projetos e sua habilidade
como soldador, o que proporcionava um ambiente moderno e efetivo para o seu
salão de treinos.
James usava sua habilidade de soldador para criar aparelhos específicos para treinamento encomendados por Bruce Lee |
Fisiculturistas famosos que foram parceiros de treino de James Yimm Lee na década de 1950. Da esquerda para a direita: Jack La Lanne, Steve Reeves e Tommy Kono. |
James já havia antecipado décadas
antes de Bruce Lee, a importância do condicionamento físico e muscular através
do treinamento com pesos. Ele havia treinado com cultores físicos como Jack La
Lanne; Steve Reeves (famoso fisiculturista campeão e intérprete de Hércules nas
telas, na década de 1950); e o levantador de pesos, não menos vencedor, Tommy
Kono. Allen Joe afirmou que se não fosse por James, Bruce não teria se
interessado pelo treinamento sistemático com pesos. E ainda o mais importante,
James considerava importante sua experiência como lutador de rua para testar a
real eficiência das técnicas aprendidas formalmente em academias de ensinos
tradicionais. Além de tudo isso, James tinha em seu círculo de relacionamento
artistas marciais inteligentes, com espírito inovador e aberto à novas
experiências, como o boxeador e judoca de origem chinesa, Wally Jay; o mestre
eclético de Shorinji Kempo, Ralph Castro; o fisiculturista e ex-militar,
autodidata no Kung Fu, Al Novak; o boxeador, lutador de Kung Fu e ator, Leo
Fong; e o famoso e também inquieto faixa preta de Shorinji Kempo, considerado o
“pai do Karate dos Eua”, Ed Parker.
Foi James que apresentou Bruce à
Parker, que na época estava organizando o Campeonato de Karate de Long Beach,
na Califórnia. Ed Parker confiou na recomendação de James para convidar a Bruce
para fazer a sua famosa e histórica demonstração no torneio que foi filmado e
chamou a atenção dos produtores da série televisiva “O Besouro Verde”, que
estavam atrás de um ator com traços orientais para representar o personagem de
origem japonesa chamado, Kato.
Greglon Lee visitando o túmulo do seu pai, James Y. Lee. |
. |
Greglon Lee (à esquerda) e amigo, visitando o túmulo do seu pai. |
Túmulo de James Yimm Lee. |
Como observou Greglon Lee,
décadas depois da morte de seu pai, James Yimm Lee: “Bruce era esperto. Quando
ele estava com seus vinte e poucos anos, ele procurou encostar nos caras com
seus quarenta anos, para que ele pudesse ganhar mais experiência e
conhecimento”.
No segundo semestre de 1972,
Bruce Lee filmava seu terceiro filme, O Vôo do Dragão (The Way of the Dragon),
quando ficou sabendo das dificuldades financeiras e do câncer nos pulmões
contraído por James Yimm Lee, em conseqüência dos gases exalados durante boa
parte de sua vida trabalhando como soldador nos estaleiros.
Bruce Lee e James Yimm Lee, por volta de 1970, produzindo o material para o livro Wing Chun Kung Fu. |
O livro "Wing Chun Kung Fu - Chinese Art of Self-Defense" lançado em 1972, sob a autoria de James Yimm Lee. |
Neste mesmo ano Bruce autorizaria
à James a lançar um material arquivado que ambos haviam produzido
anteriormente, lançando-o como um livro intitulado, “Wing Chun Kung Fu –
Chinese Art of Self Defense”. Bruce transferiu todos os direitos da obra para o
amigo como uma forma de ajudá-lo. Mas infelizmente James faleceria pouco
depois, em 30 dezembro de 1972, aos 52 anos, no mês de lançamento do filme, O
Vôo do Dragão. A ironia é que menos de
oito meses depois, Bruce Lee morreria também de causas não totalmente
esclarecidas, em Hong Kong.
Espero que tenham apreciado esta
minha pequena homenagem ao ser humano, pai de família, trabalhador e incansável
guerreiro, que sem dúvidas foi decisivo para o norteamento da vida de Bruce Lee
ao ponto deste se tornar o artista marcial mais famoso de todos os tempos. Que
Deus tenha misericórdia da alma do subestimado e visionário artista marcial,
James Yimm Lee.
Por Eumário J. Teixeira
Estranho,James Yimm Lee morreu em 30 de dezembro de 72, mestre Ip Man morreu em 2 de dezembro tambem de 72,e posteriormente o mestre Lee em julho de 73!!muito estranho!!!
ResponderExcluirEumário,Bruce Lee bebia?eu já li relatos dizendo que ele não bebia,mas eu vi uma foto dele com um suposto copo de bebida alcoólica na mão!
ResponderExcluirLee não tinha o hábito de ingerir bebidas alcoólicas, quando raramente o fazia era em reuniões ou eventos sociais. Mesmo assim o fazia de forma moderada e cortês.
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=0jctxIdpYe8
ExcluirEumário,olha o desrespeito para com o mestre BRUCE LEE,olha a forma de deboche que este cara fala do lendário mestre
É, em consideração a você, amigo Rodolpho, assisti o vídeo desse rapaz. Achei o sujeito confuso, não sei se ele ama ou odeia Bruce Lee, ou se aprova ou desaprova o Jeet Kune Do. Esse não é o primeiro que conheço que parece sofrer desse sentimento dúbio. Não vale a pena perder tempo com isso. De qualquer forma, deixei meu comentário no vídeo a que se refere. Até mais.
ResponderExcluirBruce Lee um grande mestre. Em um canal de artes marciais que sou inscrito, fizeram um vídeo muito bom sobre o mestre Bruce
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=TU9FWaNLFQ4
Tem também esse artigo sobre ele. Muito bem escrito.
http://www.pakshaolin.org/a_historia_de_bruce_lee.htm
O Mestre Bruce deixou um legado além das artes marciais, ele deixou exemplos de perseverança, de ideal e de perfeição. Tudo isso aliado à filosofia e a disciplina. Salve o Mestre Bruce Lee
ResponderExcluirConcordo com você Lucaco. Obrigado pelo comentário.
ExcluirÉ...James Lee merecia ser homenageado por um documentário falando de sua trajetória como mestre e parceiro de Bruce.
ResponderExcluirCom certeza, amigo. É outro personagem muito importante na trajetória de Bruce Lee e que também teve uma vida muito interessante, com um final precoce dramático e trágico, tal como seu amigo de Hong Kong. Merecia um filme ou, ao menos, um livro biográfico. Obrigado pelo comentário.
ResponderExcluirThank you for the great article. I heard that James trained the Oakland students hard, and they were among the best students of JKD. Did Bruce or James ever train a student named Brian? I met someone by that name who recently says he trained at the JKD school.
ResponderExcluirThanks for the comment, friend. Yes, James Lee was the one who regularly conducted training in Oakland. Bruce supervised and passed technical news to Jimmy and students. I haven't heard of this student named Brian. But that doesn't mean he didn't participate in the group. I'll search. Next time, identify yourself. Until later!
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